
Chimoio (Moçambique) 28 Nov (AIM) – O ambiente na cidade de Chimoio, capital da província central de Manica, em Moçambique, é considerado calmo e tranquilo nesta quinta-feira (28), contrariamente ao dia anterior que foi marcado por algumas tentativas de perturbação da ordem e segurança públicas. Nos bairros como Nhamaonha, 07 de Abril, Cinco, Fepom, Mudzingadzi e Nhaurir, grupos de jovens vandalizaram algumas infra-estruturas e colocaram barricadas na Estrada Nacional número Seis (EN6), um dos principais corredores rodoviários que liga a cidade portuária da Beira, na província central de Sofala, aos países do interland, como Zimbabwe, Malawi, Zâmbia, Botswana e até a República Democrática do Congo (RDC). A acção dos manifestantes só não durou por muito tempo graças a presença da Polícia da República de Moçambique (PRM) que viu-se forçada a disparar granadas de gás lacrimogéneo e outras estratégias de dispersão de massas. Os manifestantes respondem ao chamamento do candidato presidencial, suportado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane que, através das redes sociais como o Facebook, WhatsApp e outras plataformas, tem estado a convocar a população a rebelar-se como forma de reivindicar a alegada vitória nas VII eleições gerais, presidenciais, legislativas e as IV das Assembleias provinciais do passado dia 09 de Outubro. As manifestações acontecem numa altura em que os moçambicanos e o mundo aguardam expectante pela validação e homologação dos resultados pelo Conselho Constitucional (CC). Aliás, resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) dão vantagem a Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo. Venâncio Mondlane e o PODEMOS ocupam a segunda posição. Lamentavelmente, as manifestações estão a ser manchadas por actos de vandalismo, destruição de bens públicos e privados. Na quarta-feira grupos de jovens paralisaram, por algumas horas, a circulação de viaturas na EN6. As principais vítimas foram os camionistas de longo curso. Em algumas situações foram obrigados a interromper a viagem. Os manifestantes colocaram pedras e outros tipo de barricadas na EN6. Também houve arremesso de pedras contra os membros da polícia. A actividades comercial ficou paralisada no Mercado 38, um dos maiores centros comerciais da cidade de Chimoio. Pela cidade, jovens andaram na rua, nas lojas e nas instituições públicas e privadas a mandarem encerrar as portas alegando estarem a cumprir as ordens de Venâncio Mondlane. Este comportamento não agradou a polícia que, depois de vários apelos a uma manifestação pacífica, decidiu dispersar os jovens amotinados com granadas de gás lacrimogéneo. Pouco tempo depois, a situação ficou controlada, pese embora, alguns grupos de manifestantes recusassem a obedecer as ordens dada pela polícia. Já nesta quinta-feira, o ambiente é calmo e a vida corre normalmente. As instituições públicas estão a funcionar e a prestar serviços aos utentes. As lojas e mercados estão igualmente abertos, bem como a circulação de pessoas e bens está a acontecer com maior segurança e tranquilidade. A oficial de imprensa da PRM em Manica, Eunice Faustino, garante que não vai tolerar quaisquer tentativas de agitação ou contra a segurança e ordem públicas. “O nosso apelo é que as pessoas não saíam à rua para destruir e pilhar bens públicos e privados. A polícia não vai tolerar esse comportamento. Quem quiser manifestar deve fazer dentro da lei. Que seja uma manifestação pacífica e ordeira”, apelou Eunice Faustino. Garantiu que a polícia está a monitorar o comportamento, principalmente dos jovens em todos os bairros e a fazer patrulhas para assegurar que todas as actividades no sector público e privado decorram num ambiente de maior segurança, sem, no entanto, qualquer comportamento que possa colocar em perigo a vidas dos cidadãos e os seus bens. A AIM sabe que o ambiente calmo e pacífico também se verifica nos restantes 11 distritos da província de Manica, nomeadamente, Gondola, Sussundenga Manica, Vanduzi, Sussundenga, Mossurize, Machaze, Guro, Tambara, Macossa e Macate. (AIM) Nestor Magado (NM)/sg
Chimoio (Moçambique) 24 Dez (AIM) – O ambiente está calmo e tranquilo na cidade de Chimoio, capital da província central de Manica, em Moçambique depois da validação e promulgação, segunda feira (23), dos resultados da VII eleições gerais, presidenciais, legislativas e as IV da Assembleias províncias e de governadores provinciais do passado dia 09 de Outubro.
Os resultados anunciados pelo Conselho Constitucional (CC) dão vitória ao partido Frelimo e seu candidato presidencial, Daniel Chapo.
A Frelimo é o partido no poder desde a independência nacional, em 1975.
Venâncio Mondlane, suportado pelo Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) é o segundo mais votado, seguido de Ossufo Momade, líder do partido Renamo na terceira posição.
Na quarta e última posição aparece Lutero Simango, candidato do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Com estes resultados, a Renamo perde o estatuto de maior partido da oposição, em Moçambique, que ocupava desde as primeiras eleições multipartidárias em 1994.
No entanto, depois a divulgação dos resultados, a manhã de terça-feira, as pessoas circulam normalmente, depois de registo de alguns focos de violência (segunda-feira), em alguns bairros de Chimoio.
Os bairros Nhamaonha, Franscisco Manyanga, 07 de Abril e Nhaurir viveram momentos de agitação na tarde de segunda-feira.
Depois do anúncio dos resultados, alguns manifestantes colocaram barricadas na Estrada Nacional número seis (EN6) e em outras ruas.
No bairro 07 de Abril, a rua que sai da zona dos 37 milímetros para o hospital local esteve quase interrompida.
Aliás, no mercado Francisco Manyanga, vulgarmente conhecido por 38 milimetros, os comerciantes encerraram as bancas antes da hora normalmente (18 horas).
Até às 15 horas, todas a bancas e barracas, inclusive lojas fecharam as portas.
O mesmo cenário ocorreu também noutros mercados como Josina Machel, Feira e Catanga. Um e outro vendedor é que permanecia no mercado.
O ambiente ficou mais agitado por volta das 18 horas em alguns bairros considerados críticos.
Felizardo Botão, um dos residentes da cidade de Chimoio, condena a atitude dos manifestantes que colocam barricadas, destroem infra-estruturas públicas e privadas, bem como apresentam outras atitudes que atentam contra a ordem e segurança públicas.
“É de lamentar a atitude de alguns manifestantes. Não é mau manifestarem. Porém, pecam pelo facto de usarem a violência para exigir um direito. O normal deveria fazer manifestações pacíficas, sem a destruição de bens públicos e privados, nem derramamento de sangue”, deplorou Felizardo Botão.
“Hoje (24) o dia está calmo. A pessoas estão a circular normalmente aqui na cidade de Chimoio. Alguns estabelecimentos comerciais estão a funcionar em pleno, sem, no entanto, quaisquer perturbações da ordem pública. Cheguei aqui na cidade quando eram por volta das 10 horas. Fiz as minhas compras e agora vou a casa”, disse Manuel José.
“O meu conselho é que pararmos com a violência para nos dedicarmos ao trabalho. Estamos em festa do Natal. Não queremos agitação porque pode terminar em distúrbios ou mesmo perda de vidas humanas. Não se justifica que o país continue a viver em violência”, disse Botao.
Os manifestantes arremessavam pedras e outros objectos na cidade de Chimoio a Polícia da República de Moçambique (PRM) foi chamada a intervir e repor a segurança e ordem.
Foi obrigada a lançar gás lacrimogéneo e disparar para o ar para conter os ânimos dos protestantes.
A escalada de violência foi até noite adentro. Pelos bairros, ouviam-se estrondo de gás lacrimogéneo e tiros para o ar.
Uma ronda feira pela AIM na manhã desta terça feira, segundo dia da etapa denominada pelo seu mentor de “Tubo V8”, a cidade estava calma e tranquila.
Os estabelecimentos comerciais abriram as suas portas e o comércio a fluir com normalidade. O transporte de passageiros para alguns bairros, distritos e outras províncias decorria com normalidade.
Os mercados estão a registar um movimento desusado de pessoas que procura organizar o mínimo para uma passagem condigna quarta-feira (25), da festa do dia da Família.
Crianças, jovens e adultos circulam pela cidade, principalmente na zona comercial para adquirir alguns produtos de primeira necessidade.
Entretanto, o chefe do Departamento de Relações Públicas da Polícia da República de Moçambique, garante que está tudo a postos em termos materiais e humanas para repelir qualquer tentativa de perturbação da ordem e segurança pública.
“Foram destacados para o terreno membros da corporação para monitorar a situação e intervir em casos de qualquer solicitação. Queremos que a população passe a festa do Natal e de fim-de-ano em segurança. Apelamos a denúncia de quaisquer tentativas de perturbação da ordem nas comunidades. A polícia está preparada para intervir e repelir qualquer componente que coloque em perigo a vida do cidadão”.
(AIM)
Nestor Magado (NM) /sg