
Maputo, 20 de Nov (AIM) – O grupo dos 20 países mais desenvolvidos do Mundo, denominado G20, defende que o mundo não deve simplesmente garantir alimentação para todos, mas sim uma alimentação de qualidade para as populações africanas, que na sua maioria enfrenta insegurança alimentar.
Está foi a mensagem que a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, levou à cimeira do G20 no Rio de Janeiro, no Brasil, por ocasião do lançamento da nova Aliança Global Contra a Pobreza.
De acordo com este grupo, África possui 60% de terras aráveis do mundo, um potencial que deve ser usada para sua segurança alimentar, razão pela qual, grande parte do Plano Mattei, iniciativa italiana para o desenvolvimento de África, é dedicada à agricultura e água.
“esta não é a única forma de garantir “alimentação” para todos, mas sim uma boa alimentação”, refere o órgão, citado pela AGI.
A Itália, também parte do G20, em Meloni, reúniu com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Programa Mundial de Alimentação (PAM) e o Fida, que é uma Agência das Nações Unidas (ONU), o segundo maior investidor em segurança alimentar e nutricional do mundo, os três pilares do sector agroalimentar das Nações Unidas.
“não se trata de apenas uma observadora privilegiada, mas também uma oportunidade para construir sistemas alimentares duráveis, equitativos e resilientes”,
“A nossa experiência é que queremos aprender sobre segurança alimentar, devemos primeiro defender os direitos de cada indivíduo e de cada nação de escolher o modelo de produção e o sistema alimentar aqui mais se adequa as às suas características, le-se sobre o evento.
G20, afirma que cada nação tem suas particularidades e essa escolha não pode partir dos territórios, das realidades locais, das suas próprias culturas. “Uma relação mais forte entre os territórios, as pessoas e o trabalho permite obter alimentos de melhor qualidade e cadeias produtivas duradouras”, acrescentou Mme Meloni, de uma forma comovente que “identidade ainda é sinónimo de riqueza”.
Para Meloni, há necessidade de se construir novos modelos baseados nas forças e boas práticas de diferentes sistemas alimentares, apontando a pesquisa como o caminho que deve ser adoptado.
Segundo a governante italiana, muitos projectos do Plano Mattei deram frutos no Egipto, na Argélia, no Quénia, na Tunísia, na Etiópia, na Costa do Marfim e em Moçambique, garantindo a libertação de mais recursos.
Refira-se que, no referido encotro do G20, estevem presentes, o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, e o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga.