Maputo, 5 Dez (AIM) – O porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique, Orlando Mudumane, anunciou hoje (5) em Maputo, a ocorrência de 17 manifestações em todo o país, nas últimas 24 horas, que culminaram com a detenção de 14 indivíduos quando colocavam barricadas na via pública.
As manifestações também culminaram com a vandalização de uma cadeia de onde escapuliram 11 reclusos, dois postos policiais incendiados, 21 feridos, incluindo graves e ligeiros.
Segundo Mudumane, os membros e simpatizantes do partido Povo Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) continuam a protagonizar manifestações violentas e desordenadas um pouco por todo país, com maior enfoque na cidade de Maputo e nas províncias de Maputo, Zambézia e Nampula.
“Manifestações tumultuosas, caracterizadas por prevalência de focos de colocação de barricadas, imobilização e abandono de veículos e a queima de pneus na rodovia”, disse Mudumane.
A PRM registou igualmente a participação massiva e exposição de crianças e adolescentes nos aglomerados na via pública onde ocorrem eventos ou movimentos violentos.
Em algumas escolas do país, persiste a inviabilização de exames por meio de intimidação de professores e alunos para sabotagem do processo.
“Constatámos ainda a confrontação gravosa dos membros e simpatizantes do PODEMOS com os membros da Polícia da República de Moçambique, a quem eles os têm como alvos nas suas incursões” referiu o porta-voz.
Por isso, a polícia insta pais e encarregados de educação a tomarem conta dos menores de idade e evitar a sua presença em actos violentos.
Em todo o país são várias as infra-estruturas públicas, estabelecimentos comerciais arrombados e saqueados.
Refira-se que os indivíduos detidos colocavam barricadas na via pública para extorquir e chantagear os automobilistas.
As 17 manifestações registadas hoje (5) tiveram ainda como consequência, 29 escolas invadidas e vandalizadas.
Mudumane, fez saber que a situação de ordem, segurança e tranquilidade públicas no país é tida como calma e controlada.
As manifestações já fizeram dezenas de mortes e centenas de feridos, entre graves e ligeiros.
Refira-se que o ministro do Interior, Pascoal Ronda, considera as manifestações de ilegais porque não cumprem os requisitos da lei, por exemplo a indicação dos dias de semana, horas, rotas e locais de concentração.
O ministro adverte que estes e outros actos são contrários a lei pela sua gravidade e lesão a paz, harmonia social, a ordem, segurança e tranquilidade públicas, ao direito de livre circulação de pessoas, bens e o normal funcionamento das instituições públicas e privadas.
(AIM)
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