
Porta-Voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Orlando Mudumane. Foto arquivo
Maputo, 18 Nov (AIM) – Pelo menos cinco pessoas morreram e 17 contraíram ferimentos, incluindo graves e ligeiros, na sequência de cinco acidentes de viação do tipo atropelamento, ocorridas nos últimos cinco dias, anunciou hoje o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Orlando Mudumane.
No mesmo período, a PRM reportou o saque e vandalização de 24 estabelecimentos comerciais de referência, resultantes de 51 manifestações violentas
Segundo Mudumane, as manifestações também culminaram com a vandalização de várias instituições do Estado, incluindo duas escolas. Há também o registo de vandalização em zonas de exploração mineira do país, onde os manifestantes queimaram acampamentos e máquinas de trabalho.
“Nos últimos cinco dias, a PRM registou 51 manifestações violentas e tumultuosas (…) onde 24 estabelecimentos comerciais de referência foram arrombados, de onde foram apoderados e pilhados vários tipos de bens. Registamos ainda cinco óbitos e 17 feridos graves”, disse Mudumane, que falava hoje em conferência de imprensa.
Com relação aos 136 detidos, a PRM diz que já foram instaurados 46 processos-crimes e já submetidos ao Ministério Público.
Entre as acções levadas a cabo pelos manifestantes durante os cinco dias, a PRM aponta também a queima de pneus na via pública, colocação de barricadas, abertura de crateras, colocação de barricadas na forma de portagem, com objectivo de fazer cobranças ilegais aos condutores que usam a via.
“Estas manifestações são caracterizadas também por instrumentalização de crianças e adolescentes para adesão aos actos de vandalismo e pilhagem de propriedades alheias e ao fabrico de bombas caseiras que são depois usadas para provocar incêndios na vida pública e nas residências”, referiu.
Nestas acções, segundo a polícia, pelo menos sete viaturas foram incendiadas, seis residências e dez barracas foram vandalizadas.
Por isso, mais uma vez a PRM apela aos cidadãos para se absterem de actos ilegais, cujas consequências poderão ser der desagradáveis.
As autoridades também pedem aos pais e encarregados para não permitirem que os seus filhos sejam usados para a práticas de actividades ilegais.
As manifestações são promovidas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS).
Mondlane reclama os resultados do apuramento central provindos das VII eleições presidenciais e legislativas e IV para as assembleias provinciais e de governador de província, ocorridos a 09 de Outubro último, divulgados a 24 de Outubro, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) que dão vitória ao candidato presidencial Daniel Chapo, suportado pela Frelimo, partido no poder.
Vale lembrar que os resultados carecem da validação e homologação do Conselho Constitucional.
(AIM)
SC/sg