Maputo, 9 Dez (AIM)- O Presidente da República, Filipe Nyusi, manteve hoje (9) um encontro com representantes da comunidade muçulmana, um evento que teve lugar na cidade e província de Maputo, na busca de soluções para a crise pós-eleitoral que se instalou em Moçambique.
“Estamos a perder vidas humanas, jovens, mulheres e adultos um pouco por todos lados. Estamos a perder polícias, alguns estão hospitalizados, destruição de bens, sedes de partidos políticos, instituições eleitorais, viaturas, pessoas estão a perder seus bens, impedimento de circulação normal entre outros”, disse Nyusi.
O Chefe do Estado, convidou o ministro do Interior, Pascoal Ronda, para arrolar os estragos causados por estas manifestações violentas convocadas pelo candidato presidencial do Partido: Povo Oprimido para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane.
Ronda informou que, de uma forma geral, as eleições as eleições decorreram de forma tranquila, depois veio a fase de contagem dos resultados de votação, que decorreu desde a fase de mesas de votação, apuramento das mesas, distrital, provincial e finalmente a nível central.
“Decorridos cerca de 10% dos resultados há um candidato que se auto proclamou vencedor e disse que tinha ganho às eleições. A partir dai começou o incitamento a violência, desordem pública, destruição de bens públicos, convite aos jovens, que atacaram estabelecimentos comerciais a escala nacional “, disse.
Nyusi disse que o Conselho Constitucional (CC) está neste momento a trabalhar para apurar o vencedor.
“Há reclamações, impugnações, o CC está a trabalhar para trazer a verdade eleitoral quem ganho”, disse.
Anunciou que o executivo moçambicano continua a apelar aos partidos políticos e cidadãos para não enveredarem pela violência.
“Ainda ontem (domingo) tivemos Bobole fechado, desde antes de ontem, mas conseguimos abrir. Hoje a província de Maputo está bloqueada, mas estamos a tentar desbloquear”, referiu o ministro.
Por seu turno, o represente da Comunidade muçulmana, Maulana Nazir Lunat, sublinha que a coisa mais importante é o diálogo e tem que haver cedências de ambos os lados.
“Nós não queremos ter medo, a falta de segurança, a violência pode criar mais ódio”, disse Lunat.
Terminou manifestando a disponibilidade da Comunidade Muçulmana para ajudar a mediar o conflito.
Refira-se que ainda nesta segunda feira, o Presidente da República, manteve um encontro com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
(AIM)
MR/sg