
Manifestacao pos-eleicoes no bairro de Ndlavela na Matola, Provincia de Maputo. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 12 Dez (AIM) – As manifestações violentas, que se registam um pouco em todo o país, levaram à morte pelo menos 16 pessoas no período compreendido entre 04 a 11 de Dezembro corrente, anunciou hoje (12) o porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Orlando Mudumane.
Relativamente aos prejuízos somados dentro deste período, foram registadas 409 ocorrências violentas no país, que culminaram com 16 óbitos, sendo 12 autores de violência e vandalismo e, quatro membros da PRM, 73 feridos entre graves e moderados, incluindo membros da PRM.
Foram atacados 11 postos policiais e três estabelecimentos comerciais, vandalizados e saqueadas 63 infra-estruturas públicas e privadas, 76 estabelecimentos comerciais arrombados e saqueados 12 residências e 9 viaturas incendiadas.
Em conexão com estes actos criminosos, Mudumane salientou que foram detidos 120 indivíduos indiciados dos diversos tipos legais de crimes registados neste período e lavradas as respectivas peças remetidas ao Ministério Público para os subsequentes trâmites legais.
A acusou esta quinta-feira (12) os membros e simpatizantes do PODEMOS de protagonizarem manifestações violentas, sob a liderança de Venâncio Mondlane, seu candidato presidencial.
“Nos últimos 7 dias, os prejuízos foram registados, com maior incidência na cidade de Maputo, Nampula, Zambézia e Maputo pelos membros e simpatizantes do PODEMOS, instigados por Venâncio Mondlane”.
Igualmente, atacaram unidades policiais e estabelecimentos penitenciários, com o objectivo de se apoderarem de armas de fogo e libertar os detidos, indiciados de vários tipos legais de crimes.
Por isso, Mudumane adverte que, “A PRM defender-se-á de várias formas e, estes ataques perpetrados contra as unidades policiais e estabelecimentos penitenciários, merecerão uma devida, real e contundente resposta”.
Disse que os prevaricadores “estavam manifestamente embriagados ou drogados, mobilizados em viaturas de um bairro para o outro, arrombaram estabelecimentos comerciais, donde saquearam vários bens alheios, bloquearam vias rodoviárias, chantagearam e coagiram automobilistas a pagarem portagens ilegais”.
Segundo Mudumane, os referidos eventos tumultuosos e caóticos perturbaram profundamente a ordem, segurança e tranquilidade públicas, bem como a livre circulação de pessoas e bens no país, impactando negativamente na esfera sócio-económica de muitos cidadãos.
Por último, instou a todos os cidadãos a não aderirem a estes actos subversivos e a permanecerem serenos e vigilantes, por forma a não serem manipulados e instrumentalizados pelos promotores de conflitos e caos no país.
(AIM)
NL/sg