
Presidente da República, Daniel Chapo, e Primeira-Dama da República, Gueta Chapo, no Culto Inter-Religioso de Arrependimento e Reconciliação
Maputo, 16 Jan (AIM)- O Presidente da República, Daniel Chapo, garantiu hoje (16), em Maputo, que o diálogo político vai prosseguir com vista ultrapassar as aliviar a tensão política pós-eleitoral que se instalou em Moçambique, após o escrutínio de 09 de Outubro último.
“O diálogo começou, na altura, com o antigo presidente, Filipe Nyusi. Nós vamos dar seguimento a este diálogo e tenho certeza absoluta que vamos encontrar mecanismos de estabilizar o país, o mais rápido possível”, disse Chapo.
Sublinhou que o seu governo vai trabalhar com o apoio de líderes religiosos, e moçambicanos no geral, no sentido de alcançar a estabilidade económica, política e social do país.
“Conseguimos alcançar a nossa independência nacional, a paz em Outubro de 1992, graças a unidade nacional”, referiu.
Chapo falava hoje (16), em Maputo, no decurso de um culto inter-religioso de arrependimento e reconciliação nacional que teve lugar em Maputo, envolvendo várias confissões religiosas, incluindo a Igreja Católica, Comunidade Muçulmana, Conselho Cristão de Moçambique, entre outras.
“Por isso, quando os líderes religiosos trouxeram o convite, eu fiz questão de perguntar se os outros meus irmãos que concorreram comigo estariam presentes, e eles disseram que sim. Endereçamos os convites, e eu vim aqui na esperança que estariam presentes, para quando nos abraçarmos, nos abraçarmos todos e todos vissem que somos irmãos moçambicanos, mas os meus irmãos não estão aqui”, referiu Chapo.
Lamentou que, desde às primeiras eleições mulpartidárias, sempre que termina o processo eleitoral o país resvala para a instabilidade.
“Temos que nos unir e trabalharmos para podermos lançar aquilo que é a principal mensagem e Deus sempre quis, “amai-vos uns aos outros “.
Acrescentou que em politica não existem inimigos, sobretudo em democracia, existem apenas adversários.
“Tal como no desporto, o Ferroviário de Maputo não é inimigo do Costa de Sol. Do mesmo modo que o Costa do Sol não é inimigo de Ferroviário de Maputo, são apenas adversários. Por isso, quando eles chegam cada um tem seu balneário, entram no campo e cada um tem seu equipamento com cores diferentes, durante 90 minutos, jogam, batem-se os pés, uns apanham cartolinas amarelas, outras vermelhas, termina o jogo um ganha, outro perde, mas aí mesmo basta o árbitro apitar abraçam-se e continuam como moçambicanos e começam a preparar-se para o ano seguinte, em politica devia ser a mesmíssima coisa”, disse.
Referiu que continuará a trabalhar para alcançar a paz, estabilidade económica, política e social no país e a reconciliação nacional, alicerces importantes para o desenvolvimento.
Por seu turno, o Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Rasaque Manhique, referiu que a presença do Chefe do Estado moçambicano, Daniel Chapo, reflecte o compromisso de colocar a reconciliação e diálogo no centro das decisões.
“Para nós é inspirador ver líderes religiosos, cidadãos e representantes de diferentes esferas sociais, unirem-se em oração para o arrependimento, reconciliação e unidade entre moçambicanos. Este culto é o exemplo da capacidade das nossas instituições de fé em inspirar a transformação de corações e mentes, criando pontes onde á divisão e esperança onde á desafios”, referiu Manhique.
Já, o Presidente do Conselho Cristão de Moçambique, Rodrigues Dambo, disse que ao longo desses dias realizaram-se vários cultos e orações em diferentes lugares.
“Este marca o início de um grande trabalho em que Moçambique deve-se arrepender, perdoar e reconciliar-se”, referiu Dambo.
No seu entender a reconciliação deve começar com a própria pessoa, família e de seguida com os outros.
(AIM)
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