
Fila de camiões ao longo da N4
Matola (Moçambique), 10 Fev (AIM) – Apoiantes do antigo candidato à presidência da República nas eleições gerais de 09 de Outubro, Venâncio Mondlane, voltaram esta segunda-feira a paralisar a actividade económica, supostamente para reivindicar os altos preços de produtos básicos.
No caso do Município da Matola, os manifestantes escolheram, entre outros locais, o bairro de Malhampswene, particularmente a Estrada Nacional número Quatro (EN4), que liga o porto de Maputo, na capital moçambicana, e a região industrial sul-africana de Witbank.
Para o efeito, os manifestantes forçaram alguns camionistas a entregar as chaves dos camiões para, de seguida, bloquearam a via.
Refira-se que a interrupção do trafego de camiões é algo que preocupa as autoridades sul-africanas pois os prejuízos chegam a atingir uma média de 10 milhões de randes por dia, segundo as autoridades daquele país vizinho.
Na mesma altura, os comerciantes preferiram encerrar os seus estabelecimentos, com o receio de serem vandalizados e saqueados, como aconteceu em Dezembro passado.
Aliás, nessa altura, os apoiantes de Venâncio Mondlane assaltaram, vandalizaram e saquearam vários estabelecimentos comerciais na Matola, incluindo no populoso bairro de Malhampswene.
A maioria destes estabelecimentos continuam ainda sem sinais de reconstrução, após as respectivas infra-estruturas terem sido destruídas e queimadas.
Nesta segunda-feira, uma força policial conjunta estava no terreno para garantir a desobstrução da via, algo que só foi possível ao longo da tarde, embora alguns troços da EN4 continuassem bloqueados.
Contudo, o comércio informal continuou a fluir, pelo menos nesta zona da Matola, embora timidamente devido ao receio de possível vandalização por apoiantes de Venâncio Mondlane, que se encontravam concentrados ao longo da via e na zona.
Desta feita, eles reivindicam os preços altos dos produtos básicos e não precisamente a verdade eleitoral que foi o motivo do surgimento desse movimento.
Até ao fim da tarde, a Polícia continuava a trabalhar para desobstruir a via na totalidade, mas sem registo de violência.
(AIM)
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