
Livro de distribuição gratuita
Maputo, 12 Fev (AIM) – O Ministério da Educação e Cultura (MEC) diz que o livro da oitava classe contendo um texto de carácter jornalístico sobre a detenção do falecido músico de rap, Edson da Luz, mais conhecido pelo seu nome artístico Azagaia, foi retirado há mais de dois anos e sua circulação tornou-se ilegal a partir de 2023.
A informação foi avançada esta terça-feira (11), em Maputo, pelo porta-voz do MEC, Silvestre Dava, em conferência de imprensa sobre o texto do livro de Português da oitava classe, em circulação nas redes sociais.
Silvestre Dava explicou que, neste momento, a circulação do livro em causa nas redes sociais constitui uma ilegalidade por não ter autorização do Governo e por ir contra a reforma que foi feita no currículo escolar.
“O livro em causa vigorou durante o período de 2016 até 2022 e podemos até partilhar quando é que o livro foi produzido. Foi justamente no ano de 2014 e começou a circular nas livrarias em 2015”, disse.
Acrescentou que, “para o caso do ensino secundário, concretamente a oitava classe, este ficou descontinuado desde 2023 e a sua circulação torna se ilegal uma vez que não há autorização do ministério para que circule e por ir contra a reforma que foi feita no currículo escolar”.
Segundo Dava, fica claro que esta foi mais uma tentativa de pessoas de má-fé que recuperam um material posto fora de circulação para provocar discórdia e dividir a opinião pública.
Diz ainda, que para a classe, acima referida, o Ministério da Educação e Cultura, optou por produzir manuais de apoio, que em breve estarão em circulação, enquanto o livro não chega.
“Tendo chegado a reforma, todo material que suportava a implementação do currículo anterior foi descontinuado junto com o livro durante as reformas iniciadas em 2017. Está em introdução o material que vai suportar a reforma curricular no ensino secundário, estou a falar de manuais escolares que estarão em breve em circulação, os cadernos de apoio à aprendizagem para a oitava classe, avançou.
Em 2022 os erros descobertos nos livros de ciências sociais das quinta e sexta classes foram profundas que o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) abriu processos criminais contra a editora e contra um grupo de nove funcionários do extinto Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH). O GCCC descobriu que os editores haviam subornado funcionários do ministério.
(AIM)
FG/sg