
Abertura do Curso de Elementos de Comando Administrativo (ACE) para as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM)
Maputo, 13 Fev (AIM) – O Instituto Superior de Estudos de Defesa (ISEDEF) “Tenente-General Armando Emílio Guebuza” acolheu esta quinta-feira, em Maputo, a cerimónia de abertura do Curso de Elementos de Comando Administrativo (ACE) cujos beneficiários são as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
A cerimónia foi presidida pelo Comandante do ISEDEF, Major-General Freitas Norte, acompanhado pelo Comandante da Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique (EUMAM MOZ), Brigadeiro-General Luís Barroso.
A EUMAM MOZ é uma missão não executiva, com mandato previsto até Junho de 2026 e foca-se no ciclo de treino operacional e de manutenção, mas também dá treino especializado a fim de tornar as FADM auto-suficientes no combate à insurgência na província de Cabo Delgado no norte de Moçambique.
O Curso ACE visa cobrir áreas-chave como a gestão de recursos humanos, logística, planeamento e procedimentos de formação, incluindo a cooperação civil-militar, a perspectiva de género, o Direito Internacional Humanitário e a Lei Internacional dos Direitos Humanos.
O Curso ACE, directamente supervisionado pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique, será responsável pela gestão da regeneração, formação e manutenção das equipas das Forças de Reacção Rápida e do Grupo Táctico de Controlo Aéreo (TACP) previamente formadas pela Missão de Treino da União Europeia em Moçambique, bem como pelo controlo e manutenção do seu equipamento.
“O principal objectivo do curso é melhorar as capacidades do processo de tomada de decisão e os procedimentos do Estado-Maior das FADM”, le-se num comunicado enviado à AIM.
Durante a cerimónia, o Comandante da EUMAM MOZ referiu que as FADM “têm à sua disposição os militares da EUMAM MOZ” e que devem considerá-los como “camaradas” para alcançar o sucesso. Acrescentou ainda que podem contar com “toda a cooperação” para os apoiar.
O Comandante do ISEDEF, Major-General Freitas Norte, afirmou que “esta é uma oportunidade única e um exemplo do que pode vir a ser um embrião de uma colaboração mais alargada”.
Desde Outubro de 2017 que Moçambique é alvo de ataques terroristas que já provocaram a morte de mais de três mil pessoas e mais de um milhão de deslocados internos.
(AIM)
sg