
Maputo, 20 Fev (AIM) – A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) aguarda pelo pronunciamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) sobre a continuidade ou não de novos financiamentos a projectos em Moçambique no âmbito do Plano de Reconstrução e Resiliência na província nortenha de Cabo Delgado, bem como no país em geral.
O Presidente do Conselho Executivo da ADIN, Jacinto Loureiro, reagiu hoje, numa entrevista concedida à Rádio Moçambique ao anúncio de corte de financiamento a vários programas em vários países do mundo, proferido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que inclui Moçambique.
Loureiro fez saber que a USAID, parceira da ADIN, está a financiar com mais de 400 milhões de dólares o Programa de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte e uma provável retirada deste apoio terá um impacto negativo na região.
“Sobre a USAID é um assunto que está em pauta, certamente vai se pronunciar, nós continuamos com a esperança de que estes valores vão ser alocados até que haja uma informação contrária. Por enquanto, continuamos a agradecer à USAID, continuamos a contar com o seu esforço até que se esclareça todo este imbróglio que existe à volta”, disse.
“A USAID tem, penso que são 4,5 milhões de dólares em diversos projectos, mas carece de uma confirmação, com certeza não quer dizer que estamos em condições de andar sem a USAID, andando com a USAID sempre seria muito melhor, então, contamos com todos os parceiros, certamente o USAID é um grande parceiro para Moçambique, é um parceiro para Cabo Delgado”, acrescentou”.
A fonte salientou que o governo vai contar com o apoio da USAID até que se diga o contrário, porque é de facto um parceiro extremamente importante para o desenvolvimento, “como são todos os outros, mas eles também somam sua importância para os projectos em Cabo Delgado”.
O presidente norte-americano mandou suspender temporariamente, a 20 de janeiro, com efeitos imediatos, quase toda a assistência estrangeira dos EUA em todo o mundo, por um período de 90 dias.
Em Moçambique, a ordem executiva chegou na noite de 24 de Janeiro passado. A USAID mandou parar todos os projectos por si financiados.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)