
Membros do Corpo diplomático acreditado em Moçambique
Maputo, 20 Fev (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, considera as manifestações em curso nas principais cidades moçambicanas parte de uma agenda de subversão para desestabilizar Moçambique.
Discursando durante a cerimónia de apresentação de cumprimentos ao Chefe do Estado, pelo corpo diplomático acreditado em Moçambique, por ocasião do início do Ano de 2025, Chapo afirmou que as manifestações são a ê da província nortenha de Cabo Delgado, e da guerra dos 16 anos, que desestabilizou o país.
“Não temos dúvidas de que estes ataques [manifestações] visam criar o caos para a delapidação dos nossos recursos naturais estratégicos e minerais críticos amplamente concebidos”, sublinhou Chapo, que também é Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança.
Convocadas pelo ex-candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, nos primeiros quatro meses após a realização das VII eleições gerais de 09 de Outubro último, as manifestações violentas surgem em protesto aos resultados das VII eleições presidenciais que deram vitória ao candidato Daniel Chapo, que, há mais de um mês, foi investido como o 5º Presidente da República.
Nos últimos meses, os manifestantes tendem a exigir a redução do preço de produtos básicos de consumo, electrificação das suas regiões e povoações. Como forma de pressionar o governo, os protestantes acabam barricando as principais estradas e, deste modo, impedindo a livre circulação de pessoas e bens.
“A crise pós-eleitoral traduzida em manifestações violentas e ilegais, cujas consequências humanas e materiais continuam a se fazer sentir no país, não têm nada a ver com os resultados eleitorais como está a ficar a cada dia que passa”, vincou Chapo.
Reiterou o seu compromisso inabalável na consolidação da democracia e do Estado de Direito em Moçambique, e nesta empreitada, segundo o Presidente, é guiado pela visão de construir uma sociedade de paz, harmonia e prosperidade, e sobretudo a estabilidade social, económica e política.
“Por isso, estamos a liderar o processo de diálogo político com partidos políticos e outras forças vivas da sociedade civil para, de forma construtiva, honesta, íntegra e patriótica ultrapassarmos a crise pós-eleitoral e, como irmãos, nos concentrarmos na reconstrução e desenvolvimento do nosso país, Moçambique”, disse.
Iniciado pelo ex-Presidente da República, Filipe Nyusi, ainda no seu mandato que terminou a 15 de Janeiro último, quando o passou à Chapo, o diálogo político inclui líderes dos seis partidos políticos da oposição que obtiveram maior número de votos nas VII eleições legislativas e para as assembleias provinciais.
Trata-se da Frelimo, partido no poder, Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) o maior da oposição; a Renamo, o segundo da oposição; o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) o terceiro da oposição.
Inclui igualmente, a Nova Democracia (ND); o Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO) o Partido de Renovação Social (PARESO) e o Partido Reconciliação Nacional (PARENA).
“Como governo, o nosso foco sempre foi a busca de soluções rápidas para os problemas prementes como o elevado custo de vida, o desemprego que afecta aos moçambicanos, sobretudo aos jovens”, disse.
De seguida, o Presidente assegurou que medidas de impacto imediato e directo na vida das populações, deverão ser implementadas nos próximos 100 dias de governação, que irão permitir ao país um rápido regresso à normalidade, sempre com foco na preservação da economia moçambicana.
(AIM)
Ac/sg