
Maputo, 21 Fev (AIM) – A Ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, considera que a inclusão das línguas maternas nas escolas é um protocolo que estimula o desenvolvimento da identidade pessoal e a consolidação de Moçambique.
Samaria Tovela falava hoje (21), em Maputo, no âmbito das comemorações do 25º aniversário do Dia Internacional da Língua Materna que se celebra sob o lema “As Línguas São Importantes”.
Samaria Tovela disse ainda que são as línguas maternas que carregam a história e a cultura de um povo, daí a necessidade de preservá-las.
“Avançamos bastante o nível da educação, permitimos uma maior inclusão, permitimos que as nossas crianças não passassem por um choque linguístico ao entrarem para a escola e numa estratégia passiva e harmoniosa transitaram para a língua portuguesa que é a nossa língua oficial”, disse a ministra.
“Refira-se que as nossas línguas são muito importantes não só para a nossa comunicação do dia-a-dia, mas, sobretudo, por trazerem com elas aquilo que é o nosso alicerce cultural. Partiríamos com as nossas línguas o que nós desejamos, as nossas intenções e, acima de tudo, a nossa solidariedade e o bem-estar de todos”, explicou.
Já o representante da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, (UNESCO), Marcos Chirinda, defende a inserção da educação bilíngue nas escolas e incentiva o uso delas nos meios digitais.
“Precisamos fortalecer a educação bilíngue, apoiar a produção de materiais escolares em línguas locais e incentivar o uso das línguas maternas na ciência, na tecnologia e na administração pública”, avançou.
Na ocasião, o Ministério da Educação e Cultura e seus parceiros de cooperação lançaram um plano de acção para o fortalecimento da transição da língua um para a língua dois no ensino pré e primário.
A UNESCO celebrara o 25º aniversário do Dia Internacional da Língua Materna, reafirmando a importância da diversidade linguística e do multilinguismo na promoção da dignidade, da paz e da compreensão.
Esta celebração marca décadas de esforço para preservar as línguas maternas, salvaguardar o património cultural e melhorar a educação.
A ideia de comemorar este dia, foi da iniciativa do Bangladesh, e aprovada na Conferência Geral da UNESCO, em 1999.
(AIM)
FG/sg