
Maputo, 14 Mar (AIM) – O conselho de administração do Exim Bank dos Estados Unidos da América aprovou um empréstimo de quase cinco mil milhões de dólares para o projecto de gás natural liquefeito (GNL) em Moçambique, que está a ser desenvolvido por um consórcio liderado pela empresa francesa de petróleo e gás TotalEnergies, de acordo com uma notícia da agência Reuters.
O projecto de GNL está orçado em cerca de 20 mil milhões de dólares. O Banco de Exportação-Importação tinha anteriormente acordado um empréstimo no valor de 4,7 mil milhões de dólares durante a primeira administração do Presidente Donald Trump, mas teve que ser novamente aprovado depois de a construção do projecto ter sido suspensa em 2021, na sequência de um grande ataque perpetrado por terroristas islâmicos contra a vila de Palma, na província de Cabo Delgado, no norte do país.
O director executivo da multinacional petrolífera TotalEnergies, Patrick Pouyanne, disse em Fevereiro que esperava que o financiamento dos Estados Unidos fosse aprovado nas próximas semanas, com outras agências de crédito a seguirem o exemplo nos meses seguintes.
A multinacional estava a aguardar a aprovação dos empréstimos das agências de crédito à exportação dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Holanda antes de levantar a clausula força maior sobre o projecto que está em vigor desde o ataque terrorista de 2021.
O ministro moçambicano da Energia, Estevão Pale, é reportado como tendo dito ao jornal britânico “Financial Times” que também espera que o Reino Unido e a Holanda reconfirmem o seu apoio.
Acreditava-se que o projecto, conhecido simplesmente como “Mozambique LNG”, no qual a TotalEnergies detém uma participação operacional de 26,5 por cento, transforme de Moçambique um dos maiores produtores de GNL do mundo.
Mas o ataque terrorista de 2021 acabou por suspender temporariamente as obras do projecto e adiar o sonho dos moçambicanos.
Mas a segurança melhorou agora, com tropas de Moçambique e do Ruanda destacadas para proteger a Península de Afungi, onde serão construídas as fábricas de GNL.
(AIM)
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