
Primeira-Ministra, Benvinda Levi, dirige a Secção Plenária do Comitê Interministerial de Apoio ao Desenvolvimento da Juventude (CIADAJ). Foto de Carlos Júnior
Maputo, 26 Mar (AIM) – A Primeira-Ministra moçambicana, Benvinda Levi, manifestou o seu contentamento ao notar a existência de sentimento de patriotismo nos discursos das quatro bancadas da Assembleia da República (AR), o parlamento, proferidos hoje, em Maputo.
Num breve contacto que manteve com jornalistas, após a abertura da I sessão ordinária da AR, na sua X legislatura, Benvinda Levi anotou que as bancadas mostraram abertura em colaborar com o governo para ultrapassar os actuais desafios do país.
“Gostamos de ver a abordagem que cada uma das bancadas [parlamentares] teve. Um dos aspectos que eu senti é que elas mostraram muito patriotismo, cada uma à sua maneira, focando nos aspectos que são centrais para cada partido em concrecto”, disse.
A Primeira-Ministra acrescentou que, além do patriotismo, as quatro bancadas do parlamento exibiram “muita vontade de colaborar com o governo na resolução dos problemas que o país tem”.
As quatro bancadas parlamentares, nomeadamente, a Frelimo, partido no poder; Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), o maior partido da oposição; a Renamo, o segundo da oposição; e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o terceiro da oposição, foram representadas pelos seus respectivos chefes.
Essencialmente, ambas bancadas foram unânimes em priorizar a busca de consensos para ultrapassar os desafios políticos, económicos e sociais do país.
Nos últimos seis meses, as cidades e vilas moçambicanas viram-se mergulhadas em manifestações violentas que sucederam a realização, a 09 de Outubro passado, das VII eleições presidenciais e legislativas, e as IV para as assembleias provinciais.
Caracterizadas por vandalização e saque de bens públicos e privados, as manifestações violentas destruíram o tecido social, económico, religioso e cultural, facto que impede o funcionamento normal das instituições.
As manifestações violentas foram convocadas pelo candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, que reclama vitória nas eleições presidenciais.
Como forma de pôr fim às manifestações, a 05 de Março corrente, os presidentes e secretários-gerais dos partidos com assentos na AR e nas assembleias provinciais e municipais assinaram o compromisso político para um diálogo nacional e inclusivo.
O compromisso será transformado em lei a ser aprovada pela AR, ainda no decurso da I sessão ordinária que se iniciou ainda hoje (26).
A I sessão deverá durar três meses.
(AIM)
Ac/mz