
Aeródromo de Chimoio, província de Manica
Chimoio (Moçambique) 03 Abr (AIM) – O governo da província de Manica, centro de Moçambique, está a trabalhar para combater a invasão pelos munícipes da área de servidão do aeródromo do Chimoio.
Uma das medidas imediatas tomadas pelo executivo provincial de Manica será a vedação da área reservada pela empresa Aeroportos de Moçambique.
Nos últimos tempos é crescente a procura de terrenos para a construção de habitações e outros edifícios comerciais nas proximidades do aeródromo, facto que constitui perigos para a navegação aérea.
A preocupação foi apresentada recentemente pelo director provincial dos Transportes e Comunicações, em Manica, Izidine Opressa.
Explicou que, nos últimos tempos, existe muita procura de terrenos por parte dos munícipes nas proximidades do recinto e quase na pista do aeródromo.
“Se deixarmos isso acontecer, no futuro teremos problemas no tráfego aéreo para a capital provincial de Manica, Chimoio. Isso afectará a economia local e do país, em geral. A principal causa tem sido a explosão demográfica associada à procura de talhões próximos ao aeródromo”, referiu Izidine Opressa.
“É um problema que compromete os esforços para a melhoria da pista de aterragem e outros planos de expansão em termos de infra-estrutura naquele aeródromo. Se não tomarmos algumas medidas, o movimento aeroportuário estará comprometido”, advertiu.
Referiu que para além da colocação de um muro de vedação, o governo está a desenhar outras medidas para acabar com a onda de invasão da reserva feita pela empresa Aeroportos de Moçambique.
“É urgente que se encontre uma solução para impedir a invasão do perímetro aeroportuário de Chimoio, senão teremos problemas muito sérios no futuro. Teremos um aeródromo não seguro para a navegação aérea” disse.
“O que se verifica é que parte da população que está a invadir o recinto do aeródromo não tem Documento de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT). Quem tem é a empresa Aeroportos de Moçambique. Acreditamos que com o apoio do Conselho Municipal local, a Polícia da República de Moçambique (PRM) e a procuradoria podemos encontrar uma solução definitiva para o problema”, disse.
Izidine Opressa afirmou ser responsabilidade do governo construir um muro de vedação e sensibilizar a população para não ocupar ilegalmente aquele espaço.
“É preciso ganharmos consciência porque, caso aconteça uma acidente de aviação, aquela população estará em risco de vida. Por isso, a responsabilidade é de todos nós para evitarmos que no futuro não aconteça o pior”, apelou Izidine Opressa.
Acrescentou que o governo também tem o plano de requalificar o edifício do aeródromo para albergar mais serviços e de melhor qualidade e, num futuro não muito distante, Chimoio passe a receber, com regularidade, os voos internacionais
O aeródromo de Chimoio beneficiou de obras de aplicação e melhoramento da pista.
A empreitada foi financiada pelo governo, um investimento que tinha como objectivo a aumentar a capacidade do manuseio de carga e sua diversificação, destacando-se a capacidade de armazenamento de produtos frescos e facilmente perecíveis.
A par da carga de produtos alimentares frescos produzidos localmente, a ideia é continuará a assegurar o embarque e desembarque de passageiros e manuseio de carga geral.
Diariamente, o aeródromo recebe um voo ligando a cidade de Chimoio e Maputo, a capital moçambicana.
(AIM)
Nestor Magado (NM)