
Maputo, 07 Abr (AIM) – O Chefe do Estado, Daniel Chapo, lançou hoje (07) a chama da unidade nacional, um acto que visa exaltar a moçambicanidade, cidadania e consolidar a união de todos os moçambicanos.
O acto teve lugar no distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
É a quarta vez que o Estado moçambicano lança a chama da unidade nacional, sendo três vezes a cerimónia decorreu no mesmo local, e a última vez no distrito de Nametil, em Cabo Delgado.
Falando minutos antes de acender a tocha, Chapo explicou que o acto visa transmitir duas mensagens principais, para todos os moçambicanos.
A primeira é convidar todos os moçambicanos, independentemente do seu partido, ideologia, religião, origem étnica, género ou raça para acarinhar e participar massivamente, no processo de diálogo político nacional e inclusivo, em curso.
“Por isso, convidámos para este acto todos os partidos políticos, organizações da sociedade civil, académicos, líderes comunitários e religiosos, sector público, sector privado, todos os estratos sociais, do Rovuma ao Maputo, para que possamos participar, directa ou indirectamente, no acender da chama e podermos dar o início ao diálogo nacional inclusivo”, disse.
Na quarta-feira (02) a Assembleia da República, o parlamento moçambicano, aprovou, por aclamação, a lei atinente ao Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo, um documento que visa contribuir para uma maior estabilidade política e acelerar o desenvolvimento económico no país.
A segunda mensagem que pretende transmitir com a chama da unidade nacional é a implantação dos alicerces da independência económica para que seja uma realidade e que seja o trabalho de cada moçambicano conferir maior significado na independência política, alcançada a 25 de Junho de 1975.
“Com a marcha da chama da unidade, queremos apelar a todos moçambicanos para nos unirmos na grande missão que assumimos neste quinquénio”, afirmou. Chapo tomou posse a 15 de Janeiro último, como o 5º Presidente da República, como vencedor das VII eleições presidenciais ocorridas a 09 de Outubro. No mesmo dia, o país realizou as VII eleições legislativas e IV para as assembleias provinciais.
Como forma de capitalizar o acender da chama da unidade nacional, Chapo enalteceu os signatários do Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo, por participar no acto, em Nangade.
Além de demonstrar que estão comprometidos com a causa nacional, a presença dos signatários do Compromisso, segundo Chapo, também faz perceber a todos os moçambicanos que a chama é do povo moçambicano, e o acto é do Estado moçambicano.
“A presença destes compatriotas adensa a nossa unidade nacional, engrandece ainda mais esta cerimónia e mostra que os interesses nacionais estão acima de interesses partidários. Mostram, mais uma vez, que os interesses do povo moçambicano, como esta chama, estão acima dos interesses partidários”, vincou.
Não participaram na cerimónia, os presidentes, do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) Albino Forquilha; da Renamo, Ossufo Momade; e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) Lutero Simango.
Chapo disse que Forquilha, Momade, e Simango justificaram antecipadamente a sua ausência.
Os próximos 79 dias em que a chama vai palmilhar todas as províncias até a 25 de Junho, desaguar no estádio da Machava, município da Matola, província meridional de Maputo, o Chefe do Estado espera ver e sentir o vibrar, a euforia e a festa dos moçambicanos a abraçar a tocha da chama da unidade.
A primeira chama da unidade nacional foi acesa a 09 de Junho de 1975, pelo veterano da luta de libertação nacional, Raimundo Pachinuapa, e visava mobilizar a união de todos os moçambicanos em torno de um honroso processo de edificação de um novo Estado.
Acesa a 21 de Maio de 2005, pelo antigo Presidente da República, Armando Guebuza, a segunda chama estava enquadrada nas comemorações do 30º aniversário da independência, e a mensagem era de que todos os moçambicanos deveriam unir-se em torno da luta contra a pobreza absoluta.
A 07 de Abril de 2010, foi acesa a terceira chama da unidade nacional, por Guebuza, no contexto das celebrações dos 35 anos da independência, que na ocasião sublinhou que todos os moçambicanos deveriam unir-se em torno do desenvolvimento sustentável.
Em 2015, o antigo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, efectuou o lançamento da chama de unidade nacional em Nametil, distrito de Mueda, que passou a mensagem da capacidade de todos os moçambicanidade para a união, convivência e tolerância.
(AIM)
Ac/sg