
Maria da Luz Guebuza fala à imprensa depois de depositar uma coroa de flores por ocasião do Dia da Mulher Moçambicana
Maputo, 07 Abr (AIM) – A antiga primeira-dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, lamenta que os casamentos prematuros continuem a ser a principal causa para desfazer os sonhos, planos e ambições de muitas raparigas e mulheres em todo o país.
Num breve contacto estabelecido com a imprensa, hoje (07) na Praça dos Heróis moçambicanos, em Maputo, depois de depositar uma coroa de flores por ocasião da passagem do Dia da Mulher Moçambicana, Maria da Luz Guebuza reconhece que acabar com casamentos prematuros ainda é um desafio de médio e longo prazos.
“Não vamos fazer isso de um dia para o outro. É um trabalho longo, mas vamos trabalhar; e temos que vencer”, disse a esposa do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, que durante dez anos presidiu o país desde 2004.
Refira-se que os casamentos prematuros são mais frequentes nas zonas rurais, mas também ocorrem nas grandes cidades, incluindo a cidade de Maputo, capital moçambicana. Por isso, Maria da Luz Guebuza reconhece ser ainda um desafio porque trava mulheres que no futuro deveriam dar o seu contributo para o desenvolvimento de Moçambique.
Relativamente à literacia, dados revelam que ainda existe um número significativo de mulheres que ainda não sabem ler e nem escrever.
Com efeito, dados recentes do Instituto Nacional de Estatística apontam que mais de metade das mulheres, o que corresponde a 52,8 por cento, não estão alfabetizadas, enquanto os homens representam 27,7 por cento. Moçambique tem cerca de 34 milhões de habitantes.
Por isso, a antiga primeira-dama diz que as autoridades moçambicanas devem se empenhar para reduzir o actual número de mulheres analfabetas.
A taxa de analfabetismo nas mulheres é mais elevada do que nos homens, o que, segundo Maria da Luz Guebuza, dificulta a paridade de género na alfabetização.
“Este é um grande trabalho que nós temos que fazer para que as nossas mulheres estejam todas alfabetizadas”, disse.
Hoje celebra-se, em Moçambique, o dia da mulher moçambicana alusiva à morte de Josina Machel (1945-1971) heroína nacional e uma das muitas mulheres moçambicanas que lutou pela independência de Moçambique.
Josina Machel, que foi esposa do primeiro Presidente da República, Samora Machel, tornou-se exemplo e inspiração pelo movimento feminino moçambicano.
(AIM)
Ac/sg