
Presidente moçambicano, Daniel Chapo, deposita coroa de flores, em Nangade, por ocasião do Dia da Mulher Moçambicana
Maputo, 07 Abr (AIM) – Educar uma mulher é educar uma nação e quem o diz é o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, falando nas celebrações do Dia da Mulher Moçambicana.
Segundo o Chefe de Estado também é transmitir os valores éticos e morais na família, da paz e justiça social, da independência de Moçambique, e da soberania, integridade territorial, cidadania, humildade.
Chapo, que falava no distrito de Nangade, província setentrional de Cabo Delgado, durante as cerimónias alusivas ao Dia da Mulher Moçambicana, que hoje (07) se assinala, acrescentou que educar uma mulher é igualmente transmitir valores para o desenvolvimento sustentável dos moçambicanos.
Aliás, com a participação da mulher, segundo Chapo, o país tem estado a registar avanços inquestionáveis na promoção dos direitos humanos, melhoria do acesso à saúde, educação, comércio, emprego e na gestão dos recursos naturais.
“Nos dias que correm, temos motivos de sobra para comemorarmos e enaltecermos a mulher moçambicana porque, em todos as áreas de actividade, no sector público, privado ou na sociedade civil, as mulheres têm-se destacado no desenvolvimento do país e no processo de consolidação da nossa unidade nacional, independentemente do seu partido político, da sua etnia, da sua filiação religiosa ou qualquer outra coisa que nos possa pôr diferentes”, afirmou.
No que concerne a educação, o Chefe do Estado diz que o sector regista um aumento do acesso das mulheres e raparigas nos vários níveis de ensino, destacando o ensino primário, onde a taxa de participação das raparigas é de 49,9 por cento.
“Estamos a caminhar para 50 por cento raparigas, 50 por cento rapazes ao nível do ensino primário”, disse.
Na saúde, além de um número significativo de enfermeiras e médicas, Chapo destacou a redução dos índices da mortalidade materna, de 1.062 por 100 mil nados vivos em 1997, para os actuais 40 por 100 mil nados vivos.
A diminuição, segundo Chapo, é fruto da implementação do sistema de vigilância e resposta aos casos de morte materna, aumento das casas de Mãe-Espera para as mulheres grávidas, bem como a cobertura de partos institucionais de 29 por cento em 1985, para 93 por cento em 2024.
Já nos órgãos de tomada de decisões, por exemplo, 39 por cento dos deputados da Assembleia da República (AR) o parlamento moçambicano, são mulheres, e desde 2010, a AR é presidido por mulheres, nomeadamente, Verónica Macamo (2010 à 2019) Esperança Bias (2019 à 2025) e actualmente Margarida Talapa, eleita em Janeiro último.
“Parabéns, mulheres. Vejamos que não fizemos referência às administradoras distritais, governadoras provinciais, presidentes das autarquias, entre outros cargos”, anotou.
No domínio económico, os cerca de 83 por cento de mulheres que se dedicam à agricultura, asseguram a grande parte da produção de alimentos para a população moçambicana.
Chapo apontou igualmente a presidência do Conselho Constitucional e do Tribunal Administrativo que é exercida por mulheres, excluindo as inúmeras juízas, procuradoras que presidem entidades, desde o nível distrital, provincial, dos Tribunais Superiores de Recurso, até a Procuradoria-Geral.
“Por isso, capitalizamos o 07 de Abril para apelarmos a todas as forças vivas da sociedade moçambicana e aos nossos parceiros internacionais, para que juntos aumentarmos iniciativas que visam a promoção, a emancipação e o empoderamento da mulher moçambicana”, vincou.
O 07 de Abril é o ponto mais alto das comemorações do dia da mulher moçambicana, por coincidir com a passagem dos 54 anos do desaparecimento físico de Josina Machel, heroína nacional, em 1971.
Uma das muitas mulheres moçambicanas que lutou pela independência de Moçambique, Josina Machel, que foi esposa do primeiro Presidente da República, Samora Machel, tornou-se exemplo e inspiração pelo movimento feminino moçambicano.
(AIM)
ac