
Presidente da Republica, Daniel Chapo, inaugura novo edifício do governo na cidade de Inhambane
Maputo, 15 Abr (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, deplora discursos que apenas semeiam ódio entre os moçambicanos, reiterando o apelo para a adopção de uma cultura de paz e saber reconhecer a derrota e esperar tranquilamente pela próxima etapa.
Falando hoje (15), durante a cerimónia de inauguração de um novo edifício do governo na cidade de Inhambane, província com o mesmo nome, sul do país, Chapo explicou que o compromisso nacional para um diálogo político inclusivo prevê rectificações de instrumentos legais para garantir que os processos eleitorais sejam pacíficos.
“Precisamos de sentar, como irmãos, como moçambicanos para debatermos o que é que está errado; qual é o problema. Devemos falar todos, ver como podemos rectificar, para que um dia tenhamos eleições que terminam, um ganhou, outro perdeu”, disse.
Frisou que é imperioso chegar a uma fase em o candidato derrotado pega o telefone, liga ao vencedor para felicita-lo e depois espera pelas próximas eleições”.
O Chefe do Estado estabeleceu uma comparação com um jogo de futebol, onde quando termina o derrotado e vencedor cumprimentam-se e saem do campo, e vão esperar pela próxima jornada.
“Temos que ter esta consciência que em política não há inimigos, há adversários, como no desporto. O Ferroviário de Inhambane não é inimigo do Temusa de Massinga. Temusa vem jogar aqui na cidade de Inhambane, pede cinco a zero, não fica a jogar no campo; terminam os 90 minutos o árbitro diz quem ganhou, e vai para casa, fica à espera do próximo jogo. Devemos ter essa cultura na política”, afirmou.
Segundo o estadista moçambicano, “quem semeia ódio vai colher ódio; quem semeia violência vai colher violência; então precisamos de semear o amor ao próximo, harmonia, paz, estabilidade política, económica, social, segurança, e desenvolvermos o nosso país”.
Na segunda-feira, o ex-candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, num comício na cidade de Quelimane, província central da Zambézia, proferiu palavras violentas, chegando a afirmar que poderá reactivar as manifestações violentas que, recentemente, abalaram Moçambique.
“Iremos activar o Turbo 24 Ultra se não nos respeitarem e continuarem a disparar balas contra a população”, disse Venâncio Mondlane, que esteve em Quelimane para visitar o político e artista Joel Amaral, que domingo (13) sofreu um atentado.
Na noite de domingo, Chapo endereçou uma mensagem de repúdio contra o atentado e solidariedade para Joel Amaral.
O Chefe do Estado efectua, a partir de hoje, e durante três dias, uma visita de trabalho à província de Inhambane.
Na sua visita, Chapo vai dirigir um comício, e uma cerimónia de lançamento do projecto “Cidade Petroquímica”, no povoado de Mavanza, distrito de Vilankulo, iniciativa que visa impulsionar o desenvolvimento industrial, a criação de emprego e a dinamização da economia.
Nesta visita, o Presidente da República faz-se acompanhar pelos ministros, do Interior, Paulo Chachine; da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa; da Economia, Basílio Muhate; na Presidência para os Assuntos da Casa Civil, Ricardo Sengo; e da Juventude e do Desporto, Caifadine Manasse.
(AIM)
Ac/sg