
Assinatura de acordo, entre Moçambique e China, para a construção de centro cirúrgico nacional
Maputo, 17 Abr (AIM) – O governo chinês vai desembolsar 288,66 milhões RMB, o equivalente a 40,5 milhões de dólares para a construção e apetrechamento de um Centro Cirúrgico Nacional a ser erguido no Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade hospitalar de Moçambique.
Para a efectivação do projecto, foi rubricado hoje, em Maputo um acordo entre o governo de moçambicano, representado pelo secretário permanente do Ministério da Saúde (MISAU), Ivan Manhiça e o governo chinês pela Conselheira Económica e Comercial da Embaixada da República Popular da China, Xu Weili.
Embora ainda não tenha sido anunciado a data para o início das obras, a nova infra-estrutura comporta um edifício de oito pisos com capacidade para acolher 475 camas, sendo 456 normais e 19 para a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e com equipamento de ponta.
O centro cirúrgico vai ainda contemplar 14 salas de operações, serviços de urgências, cuidados intensivos, imagiologia e laboratório.
Segundo Manhiça, o novo centro cirúrgico vai contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde especializados no país.
“O centro cirúrgico nacional não será apenas um edifício, ele será um farol de esperança e que vai garantir que todos que nele são atendidos certamente saiam melhores do que entraram. Portanto, é um farol de esperança e um pilar fundamental na luta pela melhoria da saúde e da qualidade de vida dos nossos pacientes”, disse Manhiça.
“O nosso país tem enfrentado nos últimos anos desafios no que concerne à provisão de serviços de saúde de especialidade, pelo que a construção deste centro cirúrgico representa um passo importante para a superação de muitos destes desafios, muitos destes obstáculos”, acrescentou.
Manhiça salientou que com instalações modernas e devidamente equipadas, podem proporcionar atendimento cirúrgico de excelência, contribuindo para a redução das filas de espera e melhorando os resultados clínicos.
O governante referiu que o projecto vai além da construção física de um hospital garantir a capacitação de profissionais de saúde, a promoção do uso de tecnologias de ponta e a implementação de práticas inovadoras para o tratamento de pacientes.
“Atraves deste centro teremos a oportunidade de formar a capacitar médicos especialistas em áreas específicas, enfermeiros, mas também outros profissionais garantindo que o conhecimento se multiplique e se espalhe um pouco por todo mo país”, avançou
Xu, por seu turno, referiu que este apoio insere-se na cooperação existente entre os dois países.
“A China e Moçambique têm uma profunda amizade tradicional e uma longa história de cooperação no domínio da saúde. Ao longo dos anos, o governo tem-se apoiado firmemente no desenvolvimento da saúde de Moçambique, fornecendo positivamente assistência médica, construção de infraestruturas, formação de recursos humanos e outros aspectos de cooperação”, disse Xi Weili.
Xu Weili salientou que depois da construção, o edifício vai tornar-se uma das maiores infraestruturas de saúde de Moçambique melhorando significativamente as condições locais de tratamento médico, elevando a capacidade de serviços cirúrgicos e oferecendo aos pacientes uma assistência médica mais avançada e de maior qualidade.
Sabe-se que, para a operacionalização deste Projecto, entre 25 de Maio a 14 de Junho de 2019, uma equipa de arquitectos chineses esteve em Maputo, a fim de realizar o estudo de viabilidade, visando apurar as necessidades do sector no concernente a funcionalidade, serviços a serem prestados e definir uma metodologia de trabalho.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/sg