
Avião da companhia Linhas Aéreas de Moçambique. Foto arquivo
Maputo, 28 Abr (AIM) – O governo moçambicano vai reestruturar a companhia de bandeira nacional, Linhas Aéreas de Moçambique, de modo a torná-la mais rentável e prestar um serviço de qualidade aos cidadãos, anunciou hoje (29), em Maputo, o Presidente da República, Daniel Chapo.
Esta é uma decisão que foi tomada após um balanço da acção governativa no âmbito dos primeiros 100 dias do novo Executivo.
Os primeiros 100 dias são uma espécie de ‘período de graça’, visando aferir o comprometimento ou não com a resolução efectiva dos problemas que afligem o povo, ou seja, a nossa população.
Uma das acções de impacto que o governo tinha previsto para os primeiros 100 dias do presidente eleito é a aquisição de três aeronaves para a LAM, a nossa transportadora de bandeira.
“Descobrimos que, dentro da nossa empresa, há pessoas com conflitos de interesse. Não lhes interessa que a LAM tenha aviões próprios, interessa-lhes que a LAM continue a alugar aviões, porque com o aluguer de aviões ganham comissões. E nós decidimos, como Governo que vamos reestruturar a LAM”, disse Chapo.
Por isso, explicou, o governo decidiu cancelar todo o processo e reorientar o processo, uma vez que é importante que se cuide dos interesses do povo e não interesses de pessoas ou de grupos.
“Nós vamos reestruturar e, após a reestruturação, que vai incluir reestruturar pessoas para irem para casa sentar e deixarem-nos trabalhar, que vai culminar com a aquisição dos aviões”,anunciou o estadista moçambicano.
Chapo explica que o processo atinente às primeiras três aeronaves fez com que pessoas saíssem de Moçambique com o dinheiro dos novos accionistas disponível e foram ficar 15 dias na Europa para inspeccionarem aviões e voltarem para Moçambique e dizer que não conseguiram inspeccionar nem um avião sequer.
“Por isso, quero aproveitar esta ocasião para dizer ao povo moçambicano, do Rovuma ao Maputo, que esta é uma fase que estamos a passar, mas depois da tempestade vem a bonança”, disse.
Vale lembrar que a LAM há vários anos que se debate com uma crise financeira que levou o governo a ceder a gestão esta companhia aérea uma empresa sul-africana.
Informações postas a circular denunciam uma série de irregularidades que levaram o governo a repensar o futuro.
Durante o evento, Chapo referiu que nos primeiros 100 Dias de Governação foram cumpridas 92 das 96 realizações previstas no Plano de Acções de Impacto, o que corresponde a uma execução de 96%, nos diferentes domínios políticos e sócio-económicos.
Trata-se dos domínios da Segurança Pública, Cooperação Internacional, Económico, Agricultura, Pescas e Ambiente, Transportes e Logística, Estradas, Educação, Transformação Digital, Energia e Recursos Naturais, Emprego e Juventude, Infra-estruturas, Justiça e Combatentes.
Portanto, das 92 realizações referidas, 24 delas são correspondentes a 25%, o que significa que a meta foi superada em mais de 100%.
(AIM)
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