
Maputo, 30 Jun (AIM) – A capital moçambicana, Maputo, acolhe nos dias 14 e 15 de Julho próximo, a XIV Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), durante a qual o país assumirá a presidência rotativa da organizacao.
O evento visa reforçar o papel da CPLP, e dinamizar a importância do diálogo e cooperação entre os países de língua portuguesa.
O facto foi anunciado pelo chefe do grupo nacional junto à AP-CPLP, Feliz Sílvia, que falava minutos após o término da 5ª sessão ordinária da Comissão Permanente (CP) da Assembleia da República (AR) o parlamento moçambicano.
Sílvia, que falava na qualidade de porta-voz da reunião, acredita que se trata de um evento que vai reunir todos os presidentes das assembleias nacionais da CPLP.
“Acreditamos que nós vamos assumir a presidência rotativa”, disse.
Relativamente aos temas da sessão ordinária da AP-CPLP, Sílvia referiu que o acordo de mobilidade da CPLP constitui um dos pontos da agenda.
“Um dos documentos que já está sendo trabalhado a nível da Assembleia Parlamentar da CPLP, no qual vamos continuar a trabalhar, para que este acordo seja efectivo”.
Assinado em 2021, o acordo de mobilidade da CPLP visa fortalecer os laços entre os países da CPLP, promovendo a livre circulação de pessoas e o aumento da cooperação em diversas áreas, e estabelece uma livre circulação automática para todos os cidadãos, bem como um quadro para que os países implementem acordos bilaterais ou multilaterais para diferentes modalidades de mobilidade.
Aos Estados-membros da AP-CPLP, Sílvia espera que a AR transmita uma cultura de diálogo, paz e inclusão, bandeira que Moçambique sempre defendeu, principalmente numa altura em que, no país, decorre a implementação do acordo político para um diálogo nacional inclusivo.
“Sabemos que o nosso país é um exemplo na construção de consensos, e na busca da paz. Já tivemos várias situações, mas através de diálogo nós conseguimos chegar lá, e acredito que nós vamos conseguir dar o nosso contributo durante esses dois anos na presidência deste órgão [AP-CPLP] para que possamos ter uma paz efectiva, inclusão e coesão social”, acrescentou.
Fundada em 1996, a CPLP é composta por nove Estados-membros, nomeadamente, Moçambique, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste.
(AIM)
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