
Chimoio (Moçambique), 03 Jul (AIM) – Cerca de 200 milhões de meticais (cerca de 3,1 milhões de dólares norte-americanos) é o valor que será aplicado na execução do projecto de desenvolvimento da cadeia de valores agrícola e comercial, entre as repúblicas de Moçambique e Zimbabwe.
O projecto terá quatro anos e será implementado na província de Manica e em outros locais, bem como em algumas regiões do Zimbabwe, identificadas como sendo potenciais na agricultura.
O anúncio foi feito esta quinta-feira (03), na cidade de Chimoio, durante um encontro entre as delegações da província de Manica e do Zimbabwe, também estiveram representados os agentes económicos e parceiros das duas nações.
O projecto tem o financiamento da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), e pretende impulsionar a economia regional através do comércio transfronteiriço entre os dois países.
Em Moçambique, a iniciativa será implementada pelo Ministério da Economia e o Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
“É uma iniciativa que serve de instrumento de integração regional, e a nossa expectativa é que a iniciativa tenha um impacto positivo na vida da população de Moçambique e Zimbabwe. Esperamos resultados concretos e atracão de mais investimento para os dois países. É um instrumento de integração regional e de capacitação institucional e de valorização das comunidades rurais”, explicou Barbagli.
Disse acreditar que o projecto será implementado com a maior rapidez e eficácia para que os objectivos traçados se convertam na melhoria das condições de vida da população e alavancar o sector agrícola nos dois países.
Entretanto, a governadora da província de Manica, Francisca Tomás, disse estar convicto que o projecto vai permitir que haja o fortalecimento das relações comerciais e o desenvolvimento do sector agrícola dos dois países.
O principal enfoque, segundo a governadora, será a superação das barreiras no comércio, agregação de valores aos produtos e o aumento da competitividade.
“Acreditamos que também haverá melhoria na segurança alimentar e a promoção do crescimento económico, através da harmonização das cadeiras de valores e o acesso ao mercado. Teremos igualmente a adição de valores e o aumento da competitividade nos produtos agrícolas e nos mercados locais e internacionais, impulsionando, deste modo, o crescimento dos pequenos produtores e das agro-indústrias”, afirmou.
Reiterou que a província de Manica é bastante fértil e favorece para a prática da actividade agrícola.
“Temos um potencial invejável e temos fé que havemos de contribuir, significativamente, para que este projecto seja realmente um sucesso. Tenha um impacto directo na vida da população de Moçambique e Zimbabwe”, vincou.
Lamentou o facto de muita produção da província se perder por ausência da cadeia de valor. Por isso, os dois países devem trabalhar em prol de uma economia circular.
“A montagem de pequenas indústrias, equipadas de máquinas de processamento ao exemplo de fruta e legumes, pode evitar a perda da produção agrícola” defendeu Francisca Tomás.
Para o efeito, segundo a dirigente, é necessário que se faça um estudo minucioso das necessidades da província, visando responder ao clamor das famílias camponesas.
Francisca Tomás referiu que o projecto vai abranger a região transfronteiriça entre os dois países.
A dirigente quer que as grandes empresas agrícolas promovam o fomento de culturas nas famílias camponesas, para o aumento do rendimento agrícola.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/dt