
Secretária do Estado da Indústria, Custódia Paúnde, fala durante um workshop sobre fortificação de alimentos
Maputo, 14 Jul (AIM) – O Programa Nacional de Fortificação, implementado pelo governo moçambicano, alcançou marcos significativos, ao longo dos últimos seis anos, com a comercialização de mais de 13 milhões de toneladas de alimentos fortificados com micronutrientes essenciais.
Destacam-se entre os alimentos fortificados a farinha de milho, farinha de trigo, açúcar, óleo alimentar e sal iodado.
A informação foi partilhada esta segunda-feira(14), em Maputo, pela Secretária do Estado da Indústria, Custódia Paúnde, durante o workshop de capacitação dos membros das Organizações da Sociedade Civil, na aplicação da iniciativa Pull Strategy, que significa (Estratégia de Puxar) em português.
“Este resultado deve motivar a todos para, cada vez mais, prosseguirmos de forma abnegada e envidar esforços individuais e colectivos na promoção da produção e consumo de alimentos fortificados para a redução dos índices de deficiência de micronutrientes e, por consequência da desnutrição no seio da população moçambicana”.
Segundo a dirigente a fortificação de alimentos, ou seja, a adição de vitaminas e minerais nos alimentos de consumo massivo, “visa garantir a ingestão diária recomendada de micronutrientes e tem sido considerada a estratégia mais custo efectiva e sustentável para a prevenção da deficiência de vários micronutrientes para países de baixa renda”.
Custódia Paúnde reitera o controlo da produção para melhor compreensão dos desafios relacionados com a distribuição de alimentos fortificados no país.
“Por isso, esta monitoria é para nós crucial e oportuna para a geração de informações essenciais sobre as evidências do desempenho dos alimentos fortificados, da indústria e todas as partes interessadas, bem como para auxiliar”, esclarece.
A monitoria também permite identificar as marcas que cumprem com os regulamentos da fortificação de alimentos, rotulagem de produtos fortificados, normas moçambicanas e recolher dados significativos que nos ajudem a tomar decisões mais informadas”.
A dirigente apela a colaboração das organizações da sociedade civil, sector privado e comunidade, em geral para a partilha de conhecimentos, informações e recursos de modo a atingir resultados expressivos no combate à deficiência de micronutrientes no país que tem por consequência a desnutrição crónica.
Para o representante do Programa Mundial de Comércio em Moçambique, Enzama Wilson, as organizações da sociedade civil têm um papel particularmente na educação do consumidor, a criação da consciência e advocacia.
“Quando falamos de organizações de sociedade civil, falamos de organizações como a ProConsumers, falamos de universidades, instituições de pesquisa, falamos de FDC e grupos de país”, referiu.
A Pull Strategy enquadra-se na acção de monitoria para a verificação de alimentos fortificados distribuídos e vendidos em supermercados, mercados, mercearias e lojas de atacado, de modo a garantir que os consumidores obtenham os benefícios da fortificação.
O preenchimento das lacunas nutricionais permite rastrear as marcas que não cumprem o regulamento da fortificação de alimentos e normas moçambicanas, bem como confirmar se as marcas inspeccionadas em fábricas e pontos de entrada durante a importação cumprem os requisitos ao longo da cadeia de abastecimento.
O objectivo do workshop é capacitar todos os participantes na aplicação da Pull Strategy, uma abordagem que visa recolher os dados de forma eficiente e eficaz.
(AIM)
SNN/sg