Marina Pachinuapa, combatente de Luta de Libertação Nacional, distinguida com o título Doutora Honoris Causa
Chimoio (Moçambique) 17 Set (AIM) – A Universidade Púnguè (UNIPUNGUE), faculdade de educação atribuiu o título de Doutora Honoris Causa a Marina Pachinuapa, combatente de Luta de Libertação Nacional, pelo seu contributo na construção de um Moçambique próspero e na consolidação da unidade nacional.
Pachinuapa foi distinguida com o título de doutora em ciências humanas, numa cerimónia testemunhada pelo Presidente da República, Daniel Chapo, académicos, políticos, entre outros convidados.
Fundadora do destacamento feminino, Marina Pachinuapa incentivou a participação das mulheres e deu a sua inestimável contribuição na luta pela independência de Moçambique, proclamada em 1975.
É a primeira mulher a ser nomeada membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, em Moçambique.
Marina Pachinuapa, muito cedo, com 17 anos de idade, em 1964 ingressou na Frente de Libertação Moçambique (Frelimo), que desencadeou a luta contra a dominação colonial portuguesa, em 1964 e teve o seu fim com a proclamação da Independência Nacional.
A cerimónia de outorga de doutora honoris causa, a primeira a ser atribuída à um combatente de Luta de Libertação Nacional enquadra-se nas comemorações da passagem dos 50 anos de independência Moçambique.
“Este acto reconhece as qualidades, dedicação e entrega de Marina Pachinuapa pelo seu esforço na edificação do país. Que este acto seja uma inspiração para continuarmos a contribuir com integridade na educação das futuras gerações”, referiu a magnífica reitora da Universidade Púnguè, professora catedrática, Emília Nhalivilo.
Disse que a vida e a trajectória política de Pachinuapa servem de inspiração para as gerações vindouras para uma edificação de uma nação cada vez mais unida e na luta pelo desenvolvimento de Moçambique.
Marina Pachinuapa exerceu várias funções durante a Luta de Libertação Nacional, especialmente como comissária política que tinha como tarefa sensibilizar e mobilizar as meninas, outros jovens e a população em geral para se juntarem às fileiras da Frelimo.
Marina Pachinuapa nasceu no dia 06 de Abril de 1947, no distrito de Mueda, na província nortenha de Cabo Delgado é mãe de cinco filhos e casada com Raimundo Pachinuapa.
“O engajamento da mulher não foi fácil. Passamos por muitos sacrifícios. Sou uma pessoa que fala muito, mas hoje não tenho muitas palavras. Estou satisfeita pelo que está acontecendo no nosso país. O governo está a valorizar os combatentes de Luta de Libertação Nacional. Graças a revolução que hoje estamos livres e independente”, sublinhou Marina Pachinuapa momento depois de receber a distinção.
Falando no fim da depois da cerimónia de outorga, o presidente da República, Daniel Chapo disse que Marina Pachinuapa sempre lutou para o bem de Moçambique e do Mundo.
“Hoje foi reconhecida uma grande mulher que trabalhou para o desenvolvimento do país. Reiteramos o nosso compromisso em reconhecer o contributo da mulher no processo de desenvolvimento de Moçambique, a emancipação da mulher em todas as vertentes de crescimento do nosso país” referiu Daniel Chapo.
“Portanto, temos motivos para hoje estarmos a reconhecer esse grande papel que a Marina Pachinuapa desempenhou para a busca da Independência Nacional. Conforme ouviram, ela lutou não para os bens materiais. Lutou para o povo. Portanto, ela deverá servir de fonte de inspiração para gerações do futuro”.
Acrescentou o presidente da República que os valores de patriotismo, da independência, da integridade territorial e, sobretudo, da pátria devem ser incutidos nas futuras gerações como forma de valorizar os esforços daqueles que sacrificaram as suas vidas e a sua juventude para a conquista da Independência Nacional.
O título de doutor honoris causa é o mais alto grau honorífico atribuído a pessoas famosas, de projecção nacional ou internacional que tenham contribuído de maneira notável para o progresso das ciências, artes ou da cultura.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/sg
