
Saimone Macuiana, membro da Renamo
Chimoio (Moçambique) 08 Out (AIM) – Políticos e religiosos na cidade de Chimoio, província de Manica, centro de Moçambique defendem um diálogo político nacional mais inclusivo e focado para aspectos relacionados com reformas profundas nos sectores de educação, saúde, exploração de recursos minerais, justiça, economia, finanças, entre outros com objectivo de melhorar as condições de vida da população.
Este sentimento expresso hoje, em Chimoio, no decurso II sessão de auscultação pública no âmbito do diálogo político inclusivo, evento que contou com a presença de representantes de partidos políticos e religiosos.
Maiba Wache, representante do Partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e líder religioso disse acreditar ser desta vez que o diálogo poderá trazer uma paz efectiva, unidade nacional e reconciliação entre os moçambicanos.
“Na qualidade de pastor e político, tenho a fé de Deus está a levar-nos para um bom caminho. Para o alcance de uma paz efectiva. Acreditamos que a auscultação em cursos poderá abranger muita gente. É o momento em que cada moçambicano vai dar a sua opinião sobre os assuntos relacionados com a nossa vida. Sobre o Moçambique qe queremos nos próximos tempos” referiu Maiba Wache.
“O país está ser afectado por vários problemas. Portanto, esta é uma oportunidade para que cada um dos moçambicanos dê a sua contribuição para o desenvolvimento do país. Este diálogo poderá ser levado até às zonas mais recônditas do nosso país. Portanto, temos fé que será verdadeiramente inclusivo”.
Wache pediu atenção para a necessidade de se ter em consideração as preocupações apresentadas pela população para evitar que a auscultação seja apenas um mero exercício sem, no entanto, que se alcancem os objectivos para os quais foi estatuído.
“Não pode ser apenas um exercício como qualquer outro diálogo que já tivemos em Moçambique. Muitos deles que terminaram sem resultados palpáveis. Queremos reformas profundas nos sectores de saúde, educação, justiça, economia e até a exploração de recursos minerais. Todo o esforço deverá ser feito para resolver os problemas do país que muitas vezes resultam em violência, tal como vimos durante as últimas eleições gerais”, disse.
No entanto, Saimone Macuiane, político que também esteve na auscultação distrital referiu ser necessário reformas nas instituições de administração eleitoral.
Segundo Macuiane, é necessário que o governo encontre a melhor forma para fazer a gestão dos processos eleitorais e fazer com que correspondam as expectativas dos moçambicanos.
“Há necessidade de haver reformas nas instituições eleitorais. A título de exemplo, é a introdução da votação electrónica para melhor transparência do processo eleitoral. Os tribunais distritais devem ter o poder de decisão sobre os resultados dos processos eleitorais e outras matérias que dizem respeito a este processo”, acrescentou Saimone Macuiane.
“Outra preocupação está relacionada com o sector de finanças sobre a redução do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA). Reduzindo, acreditamos que os moçambicanos terão capacidade para pagar o IVA e teremos a redução de casos de fuga ao fisco. Isso é imprescindível se realmente queremos ver o país a desenvolver”.
Funcionários públicos e outros extratos da sociedade foram ouvidos terça-feira na esteira da auscultação pública no âmbito do diálogo político e inclusivo.
Esta tarde, a auscultação pública foi feita a funcionários do Conselho de Representação de Estado e do Conselho Executivo provincial de Manica.
O processo de auscultação sobre o diálogo político nacional e inclusivo, liderado por brigadas de nível central, prossegue ainda está semana em outros distritos da província de Manica.
(AIM)
Nestor Magado (NM) /sg