
Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP), Samuel Samo Gudo
ANEP pondera aprovar novas qualificações recomendadas pelos empregadores
Legenda: Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP), Samuel Samo Gudo
Maputo, 30 Set (AIM) – O Conselho de Administração da Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP) reuniu-se hoje (30), em Maputo, para apreciar 13 novas qualificações profissionais submetidas pelos empregadores, num claro sinal do compromisso do Governo em alinhar a formação técnica e profissional às necessidades reais do mercado de trabalho.
O anúncio foi feito pelo presidente da ANEP, Samuel Samo Gudo, durante a primeira sessão ordinária do órgão que dirige.
Segundo explicou, as qualificações abrangem certificados vocacionais dos níveis III, IV e V nas áreas de Refrigeração e Climatização, Carpintaria de Obras de Construção Civil, Marcenaria de Móveis e Esquadrias, Soldadura, Design de Móveis e Medicina Geral (Técnico de Medicina Geral), bem como certificados ocupacionais dos níveis II, III e V em Iniciação à Banca, Apicultura, Electricidade Instaladora, Enfermagem Neonatal e Medicina Preventiva – Agente Polivalente de Saúde.
“Outro aspecto importante são estas 13 qualificações que, dentro do programa de trabalho, poderão ser aprovadas. É uma actividade que exige detalhe e cuidado, mas vamos avançar o máximo possível”, afirmou.
O presidente da ANEP explicou que estas propostas surgem após um vasto processo de auscultação em todo o país, envolvendo os comités técnicos sectoriais, que integram empregadores do sector produtivo.
“Essas qualificações passaram pelo crivo dos comités técnicos sectoriais e hoje estão sobre a mesa do Conselho. Cabe-nos verificar se estão reunidas as condições para a sua aprovação, de modo a responder às exigências do mercado de trabalho e às expectativas da juventude”, frisou.
Outro ponto da agenda é a apreciação de um módulo independente para impulsionar a criação de cooperativas agrárias, reconhecendo o papel estratégico da agricultura na economia nacional.
“Repare que o sector agrícola é dinamizador da economia. Muitos jovens e grande parte da população estão ligados a esta área. Se pudermos incentivar a criação de cooperativas agrícolas, faremos tudo para que isso aconteça”, garantiu.
Durante a reunião, serão ainda discutidos aspectos relacionados com a legislação que rege a educação profissional, bem como a revisão do plano de actividades do sector.
“Queremos que os membros do Conselho de Administração se familiarizem com os instrumentos legais que regem a ANEP e revisitemos o plano de actividades, mesmo estando no último trimestre do ano, para avaliarmos o que foi alcançado e o que ainda falta realizar”, acrescentou.
O dirigente manifestou igualmente preocupação com a morosidade na entrega de certificados no ensino técnico-profissional, sublinhando que a situação compromete as oportunidades de emprego dos graduados.
“É preciso garantir que cada estudante receba o seu certificado no fim da formação. Isso é essencial porque os empregadores exigem provas de qualificação. Temos que acelerar o processo e aproximar as instituições para identificar dificuldades e providenciar apoio. O objectivo fundamental é assegurar que nenhum estudante termine o curso sem o devido certificado”, sublinhou.
Segundo disse, a ANEP, em coordenação com a nova direcção-geral, está a envidar todos os esforços para ultrapassar este desafio, destacando que alguns institutos já servem de exemplo pelo bom desempenho.
“Há instituições que têm mostrado boas práticas de gestão e queremos que essas experiências inspirem outras. A nossa missão é garantir que o processo seja célere, justo e eficaz, em benefício dos estudantes e do desenvolvimento do país”, concluiu.
(AIM)
SNN/sg