Chimoio (Moçambique) 12 Abr (AIM) – A província de Manica, centro de Moçambique, vai comercializar cerca de 1,6 milhão de toneladas de produtos diversos durante a campanha de agrária (2022/23), contra 1,4 do ano passado que representa um aumento em 15 por cento.
O lançamento da campanha teve lugar esta quarta-feira (12), em todo o território nacional, com replicas em todo o país. Na província de Manica, o lançamento da campanha decorreu na cidade de Chimoio e foi orientada pela governadora, Francisca Tomás.
Os produtos a serem comercializados na província Manica incluem cereais, tubérculos, oleaginosas e hortícolas.
Na ocasião, Francisca Tomás exortou aos produtores e à população em geral para deixarem reservas, como forma de evitar a ocorrência de bolsas de fome nas comunidades.
“A prioridade é, em primeiro plano, garantir reservas alimentares e a posterior vender apenas excedentes. Embora este ano a província tenha colhido muita produção, é preciso pensar que não devemos vender tudo sob o risco de passarmos fome”, disse Francisca Tomás.
Referiu que, não obstante ao aumento dos níveis de produção, ainda persistem desafios que influenciam de forma negativa no processo de comercialização agrícola.
“A deficiência nas vias de acesso, devido ao seu estado de degradação em consequência dos eventos climáticos extremos se reflecte no aumento de preços dos produtos, aliado a irregularidades de distribuição e a fraquezas de ligação da produtor com o mercado, entre outras situações tem estado a comprometer o processo de comercialização de produtos agrícola”, sublinhou a governante.
No evento foram reconhecidas algumas empresas do sector privado que cumprindo requisitos, beneficiaram do selo “Made in Mozambique”, como o caso da MACMOZ, uma entidade que produz macadâmia e litchie, no distrito de Sussundenga.
A ideia para este reconhecimento, segundo Francisca Tomás, é incentivar o sector privado a completar a cadeia de valor da produção.
“Nós, como governo, temos a responsabilidade de reparar permanentemente as estradas, por forma a garantir o escoamento dos produtos, desde as principais regiões de produção aos mercados” acrescentou.
(AIM)
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