
Quelimane (Moçambique), 09 Out (AIM) – As autoridades policiais (PRM), a nível da província central moçambicana da Zambézia, reiteram que não vão hesitar em momento nenhum para que se faça cumprir a lei para dissuadir a permanência dos eleitores nas assembleias de voto depois de votarem na quarta-feira.
Pretendem que o processo continue sendo pacífico como foi durante a campanha eleitoral terminada domingo (08).
A informação foi avançada à AIM esta segunda feita, em Quelimane, pelo porta-voz da Polícia da República de Moçambique, Sidner Lonzo.
“É verdade, a polícia tomou conhecimento da pretensão da Renamo [maior partido de oposição no país] dando conta da necessidade de os simpatizantes votarem e ficarem nas imediações das mesas de assembleias de voto.
Bom, o nosso apelo é no sentido de que devem votar e regressarem para as suas residências a fim de continuarem com as suas actividades quotidianas”, apelou.
Disse que a polícia está preparada para garantir que as pessoas que estiverem no processo de contagem de votos se sintam seguras e protegidas. “Nós assim faremos para que não haja pressão externa sobre os resultados a serem anunciados pelos órgãos de administração de eleitoral”, sublinhou.
“Não vamos hesitar em momento nenhum para que se faça cumprir a lei e para que este processo continue sendo pacífico como foi na campanha eleitoral. Portanto, queremos apelar a população da Zambézia para votar e regressar para casa”, realçou.
Entretanto, a corporação descreveu a campanha eleitoral terminda domingo como tendo sido calma, não obstante a ocorrência na semana finda de três casos de ilícitos eleitorais, registados nos distritos de Quelimane, Mocuba e Morrumbala.
Tratou-se de destruição em massa de cartazes de propaganda eleitoral de outros partidos, protagonizada pelo delegado distrital da Renamo em Quelimane, e recolha de cartões de eleitores.
Em Mocuba foram destruidos panfletos da Frelimo, partido no poder no país.
Sobre o ilícito de Morrumbala estão em curso trabalhos adicionais para aferir a finalidade dos cartões que estavam na posse de dois cidadãos.
Os três casos foram devidamente autuados e remetidos às autoridades competentes para a sua responsabilização.
“A situação, de forma genérica, foi controlada, isto porque também fizemos um trabalho tripartido de base que consistiu em atribuir um número específico de agentes a cada partido politico que acompanhou diariamente todas as actividades políticas de acordo com o seu programa, por mais que este fosse, em algum momento, flexível”, disse.
Lonzo disse que a campanha eleitoral foi pacífica em parte graças a colaboração da população e dos partidos políticos
(AIM)
Lopes Obadias (Colaboração)/FF