Cabeças-de-lista divergem nos apelos em Lichinga

Lichinga (Moçambique) 11 Out (AIM) – Os três cabeças-de-lista no município de Lichinga, província de Niassa, norte de Moçambique, Luís Jumo, da Frelimo, Orlando Sousa, Renamo, e Pedro Baptista, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) divergem nos apelos aos eleitores que continuam a afluir nas 104 mesas de voto instaladas e em funcionamento naquele município.

Enquanto Jumo apela aos eleitores a se dirigirem para casa, após terem votado, Sousa e Baptista aconselham que permaneçam em redor das mesas de voto, desde que respeitem os 300 metros de distância entre eles e as mesas, legalmente estabelecidos.

“Acabo de exercer o meu direito de voto e votei de uma forma consciente, e estou tranquilo. Apelo a todos os meus munícipes eleitores a irem em massa nas assembleias de voto para exercerem o seu direito de votar, e depois de votar devem irem aguardar pelos resultados em casa”, disse Jumo à jornalistas, minutos após ter votado na Escola Primária Paulo Samuel Kankhomba, em Lichinga.

Jumo apelou também aos eleitores a terem um pouco mais de paciência, quando estiverem nas filas.

Por seu turno, Sousa apelou aos eleitores a fiscalizarem o seu voto, longe dos 300 metros das mesas de voto.

“Ninguém vai expulsar os eleitores que estiverem a 300 metros de distância das mesas, porque os eleitores têm o dever de controlar o seu voto”, afirmou.

Sousa votou na Escola Secundária do Aeroporto, em Lichinga.

Para Baptista, os eleitores estão livres de se fixar aonde quiserem, e ninguém os pode impedir.

O cabeça-de-lista do MDM, que votou na mesma escola em que Jumo exerceu o seu direito, sublinhou que caso queiram, “os eleitores podem permanecer em locais perto das mesas de voto, como forma de preparar a comemoração da vitória.”.

Numa ronda efectuada pela equipa de reportagem da AIM, nas primeiras horas de hoje, nota-se uma significativa afluência nas Assembleias de Voto (AV), embora noutras tenha um número menor de eleitores.

Lichinga recenseou um total de 72.614 eleitores, o que representa 53,49 por cento das previsões.
(AIM)
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