Ministro da Defesa de Mocambique Cristóvão Chume (a direita) e sua homologa de Portugal, Helena Carreiras
Maputo, 18 Dez (AIM) – A ministra da Defesa de Portugal, Helena Carreiras, garante que a Missão Militar da União Europeia em Moçambique (EUTM) vai manter o seu apoio na luta contra o terrorismo que assola alguns distritos da província de Cabo Delgado, na região norte.
Falando a jornalistas, minutos após o encontro que manteve hoje, em Maputo, com o seu homólogo moçambicano, Cristóvão Chume, a ministra disse que a UE está disponível para continuar a cooperar em prol da estabilidade de Moçambique.
“Continuamos a partilhar da ideia de que há que dar uma continuidade a esta Missão que agora está em fase de reavaliação. Os próximos meses serão importantes. Temos vindo a trabalhar com os nossos parceiros, partilhando aquela que é também a posição de Moçambique”, afirmou.
Instituída em Outubro de 2021, pelo Conselho Europeu, e com um mandato de dois anos, a EUTM Moçambique está a formar as Forças Armadas moçambicanas (FADM) para proteger a população contra ataques terroristas perpetrados por grupos extremistas islâmicos que operam em alguns distritos a norte de Cabo Delgado.
A governante portuguesa acredita que a UE vai entender a necessidade de capitalizar o esforço ganho durante a formação de 11 companhias do exercito moçambicano.
Por seu turno, Chume disse ser pertinente avaliar as capacidades que a UE transmitiu as FADM, para orientar a decisão futura.
“Estamos a avaliar o primeiro esforço de colaboração com a União Europeia e, naturalmente, estamos a discutir o que podemos fazer na segunda fase”, afirmou o ministro, que vincou a necessidade de buscar uma fórmula comum para conseguir manter a Missão no país.
“Há um esforço adicional fora daquilo que era a expectativa das nossas forças”, disse.
Além da EUTM Moçambique, Moçambique conta com o apoio da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para Moçambique {SAMIM) instituída em Julho de 2021.
Desde Outubro de 2017 que Cabo Delgado é alvo de ataques terroristas que já provocaram a morte de mais de três mil cidadãos, bem a fuga de mais de 900 mil pessoas que foram procurar abrigo em locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária.
Carreiras efectua a partir de hoje uma visita de trabalho de um dia em Moçambique, com o objectivo de monitorar os trabalhos desenvolvidos por Portugal, no âmbito das actividades da EUTM Moçambique.
(AIM)
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