Maputo, 28 Jan (AIM) – O Chefe de Estado, Filipe Nyusi, pede a manutenção do apoio de Portugal no combate ao terrorismo em Moçambique, que afecta particularmente a província de Cabo Delgado, na região norte do país.
Nyusi formulou o pedido na noite de sábado, na capital portuguesa, Lisboa, onde escalou por algumas horas, a caminho de Roma, onde vai participar na Cimeira Itália-África.
Durante a escala, Nyusi participou num jantar oferecido pelo seu homólogo daquele país português, Marcelo Rebelo de Sousa.
“Não foi o único encontro, pois tive mais outros encontros a favor do nosso país, ; a agenda do nosso país é larga no âmbito político, económico e de segurança”, disse Nyusi à imprensa moçambicana que o acompanha nesta deslocação à Itália.
“Actualizamos sobre o combate que estamos a fazer contra o terrorismo em Moçambique, pois sabem que Portugal está dar a sua máxima contribuição através da União Europeia. Até porque os instrutores e formadores, grande parte são oficiais portugueses, então encorajamos para que continuem com este espirito”, explicou Nyusi.
Refira-se que desde Outubro de 2017 que Cabo Delgado é alvo de ataques terroristas que já provocaram a morte de mais de quatro mil cidadãos, bem como a fuga de mais de 900 mil pessoas que foram procurar abrigo em locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária.
Entretanto, a situação tende a regressar a normalidade, graças ao apoio concedido pela Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para Moçambique (SAMIM, sigla em inglês) e um contingente militar do Ruanda.
Segundo Nyusi, o Presidente português também manifestou o seu interesse sobre as últimas eleições e as que se avizinham em Moçambique.
A 09 de Outubro próximo, Moçambique vai realizar as VII eleições gerais, e IV provinciais.
Num outro desenvolvimento, o estadista moçambicano disse que Marcelo Rebelo de Sousa já deveria ter visitado Moçambique, mas acabou por não acontecer devido a situação política em Portugal que levou aquele país europeu a funcionar com um governo de gestão.
As partes também trocaram impressões sobre muitos temas da actualidade internacional, entre os quais se destacam a guerra Rússia-Ucrânia, violência em Gaza entre a Palestina e o Israel, e o assunto do Hamas.
(AIM)
sg