
Centro de tratamento de colera
Luanda, 28 Jan (AIM) – A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) está preocupada com o agravamento do surto de cólera que assola alguns países da região.
Moçambique, RDCongo, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe, são alguns dos países afectados. A organização procura medidas para dar resposta à expansão da doença.
Os ministros da SADC analisaram sábado (27) em Luanda, a situação epidemiológica do surto de cólera que está a afectar alguns países da região.
A médica angolana Sílvia Lutucuta, presidente do Comité dos Ministros da Saúde da SADC, revela que, durante as discussões, a organização traçou mecanismos e comprometeu-se a implementar um plano estratégico de prevenção para travar o aumento da doença.
“Durante as nossas discussões, consolidamos um plano estratégico robusto focado na prevenção, na preparação e resposta rápida ao surto de cólera, com base nas necessidades e identidade nas nossas regiões”, disse a fonte, citada pela RFI.
Explicou que o plano é multissectorial baseado na visão de uma só saúde e inclui acções imediatas de contenção de surtos actuais de implementação de um mecanismo duradouro, para prevenção de futuras epidemias baseadas evidências e intervenções inovadoras.
Lutucuta, que também é ministra angolana da Saúde sublinhou que os países membros concordaram em fazer uma avaliação das medidas de recuperação pós-epidemia, com propósito de dar resposta a futuras epidemias.
“Adicionalmente, concordamos em fazer uma avaliação criteriosa das medidas de recuperação pós-epidemia dos países afectados, reconhecendo a importância de identificar boas práticas, lacunas nas nossas forças e oportunidades para aprimorar a coordenação e apoio mútuo dos Estados membros” finalizou Sílvia Lutucuta.
Segundo a SADC, nos últimos dois anos, a região tem registado surtos recorrentes de cólera, influenciados também pelas alterações climáticas.
(AIM)
RFI/sg