Maputo, 06 Fev (AIM) – O governo italiano comprometeu-se, esta terça-feira (06), a conceder dois milhões de euros ao Programa Mundial para a Alimentação (PMA) para aumentar a resiliência climática dos agricultores residentes nas províncias de Tete, Manica e Sofala, no centro de Moçambique.
Para o efeito, foi assinado um acordo entre o Governo da Itália, através da Embaixada daquele país europeu e a Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) em Moçambique e Programa Mundial para a Alimentação (PMA),
Assinou o acordo o embaixador da Itália acreditado em Moçambique, Gianni Bardini e a representante e directora nacional do PMA em Moçambique, Antonella D’Aprile.
O evento contou com a presença director da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), Paolo Sertoli.
A contribuição, que foi atribuída através da AICS, surge num momento em que a crise climática se intensifica com eventos climáticos extremos, como ciclones, inundações e secas, ocorrendo com mais frequência e intensidade.
Falando minutos após a assinatura do acordo, o embaixador italiano disse que “a iniciativa visa garantir a saúde e o bem-estar do povo moçambicano”.
Aliás, em muitas partes é evidente que há problemas de má nutrição e que se deve combater, daí a importância da agricultura que é a principal fonte de sustento de 75 por cento da população moçambicana.
“Uma coisa que não podemos esquecer neste projecto é a resiliência relativamente às mudanças climáticas, porque aqui em Moçambique se percebe a sua importância”, disse Gianni.
“A seca deteriora o produto e isso acontece frequentemente nas localidades. Também existe o problema das cheias que destroem culturas, esses são problemas importantes”, acrescentou.
Os camponeses também carecem de conhecimentos para produzirem com os meios disponíveis, por isso urge a transferência de conhecimentos na perspectiva de uma produção resiliente.
Já a directora e representante do PMA em Moçambique, Antonella D’Aprile acolheu com agrado a contribuição que vai ajudar a combater a vulnerabilidades induzida pelas mudanças climáticas e a reforçar a segurança alimentar e nutricional de 10 mil pessoas, incluindo pequenos agricultores jovens e mulheres de organizações seleccionados em Tete, Sofala e Manica.
“Superar as adversidades das mudanças climáticas significa melhorar os meios de subsistência das comunidades vulneráveis dependentes da agricultura. Assim, consolidar práticas agrícolas climaticamente inteligentes e melhorar a gestão pós-colheita é essencial”, disse Antonella D’Aprile.
“Graças a esta generosa contribuição da AICS, não só os pequenos agricultores que enfrentam a fúria das mudanças climáticas extremas serão apoiadas na adaptação às mudanças climáticas, mas também vão melhorar a sua dieta através de um maior acesso a alimentos nutritivos, essenciais para o crescimento saudável de uma criança”, acrescentou.
Por seu turno, o director da AICS, Paolo Sertoli salientou que o projecto está em linha com os esforços em curso da cooperação Italiana para melhorar a agricultura de Moçambique face às mudanças climáticas.
(AIM)
FG/sg