
Maputo, 16 Fev (AIM) – A onda de raptos que se regista na capital Maputo e na cidade da Beira, capital da província central de Sofala, e tem como principais vítimas os empresários de origem indiana, também já está a mexer com o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição no país.
Por isso, falando em conferência de imprensa hoje, em Maputo, o Presidente do MDM, Lutero Simango, pediu ao governo para operacionalizar, com a maior brevidade possível, a brigada anti-raptos para fazer frente à crescente onda de sequestros.
“Nos últimos dias os raptos continuam a perigar a segurança dos moçambicanos, e esses raptos que estão a acontecer com maior destaque para à cidade de Maputo têm impacto negativo na geração de oportunidades, emprego e economia nacional”, disse Simango.
Simango diz que o fenómeno traz consigo impactos significativos para com a economia nacional.
“Quando se espera um empresário africano, indiano ou europeu residente em Moçambique o seu rapto tem efeito negativo na vida económica das famílias moçambicanas, na geração de oportunidade e emprego aos nossos concidadãos”, sublinhou.
Por esta razão, desafia “o governo de Moçambique a agir rapidamente” face ao fenómeno.
O presidente do MDM questiona a razão para a não operacionalização da brigada anti-raptos anunciada pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi, bem como dos sistemas de vigilância instalados na cidade de Maputo.
“Houve promessa da criação de uma elite tropa ou exército anti-rapto e onde está?”, questionou.
“Mais grave ainda sabemos que a cidade de Maputo tem o privilégio de ter um sistema de vigilância de câmaras, mas não está a funcionar”, acrescentou.
Simango conclui afirmando que a “continuação dos raptos e sequestros é uma ameaça permanente à nossa economia e vida das milhares de famílias que beneficiam do emprego destes indivíduos raptados” daí que também condena “todas acções que visam prejudicar a participação do empresariado na vida económica do país.
Refira-se que o Presidente da República anunciou a 03 de Fevereiro último, nas celebrações do Dia dos Heróis Moçambicanos, que o governo já está a mobilizar recursos para activar a brigada anti-raptos no país.
Refira-se que nas últimas duas semanas, a cidade de Maputo registou três casos de sequestros, incluindo uma tentativa frustrada e dois consumados. O último ocorreu na manhã de domingo (11).
(AIM)
CC/sg