Maputo, 26 Fev (AIM) – O director nacional de Saúde Pública, Dr. Quinhas Fernandes, anunciou hoje que ainda persiste a epidemia da cólera nas regiões centro e norte de Moçambique.
“Neste momento, estamos com surtos activos na região centro e norte do país em 32 distritos, nomeadamente Nampula (5); Cabo Delgado (6); Tete (7); Zambézia (2); Sofala (4); Niassa (4) e Manica (4)”, disse Fernandes.
Sobre a evolução da epidemia nas últimas 24 horas, a fonte disse que o país registou um total de 66 casos, dos quais, 28 (42.4%) são de Nampula, 13 (19.7%) de Zambézia, 10 (15.2%) de Tete, 10 (115.2) de Cabo Delgado, 3 (4.5%) de Manica, 2 (3%) de Sofala.
Desde o dia 01 de Outubro de 2023 até as 07h00 do dia 24 de Fevereiro corrente, as autoridades sanitárias registaram um total de 12.301 casos de cólera, 27 óbitos, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 0.2%.
Dos 43 distritos afectados, desde o início do surto, 11 distritos foram declarados livres de cólera. Outros seis distritos não registam casos de cólera há mais de 15 dias, observando-se uma tendência de estabilização do número de casos e de distritos afectados.
“Ainda assim, porque estamos em plena época chuvosa e ciclónica, apelamos ao reforço das medidas de prevenção, nomeadamente, a lavagem das mãos com água e sabão, particularmente depois de usar a casa de banho e antes de qualquer refeição, consumo de água tratada e tratamento adequado dos dejectos.
No que concerne a Covid-19 e outras infecções respiratórias agudas no país a fonte tranquiliza e garante que a situação é estável.
Aliás, informações disponíveis indicam que entre a semana epidemiológica 01 e 25 de Fevereiro de 2024 foram testadas 2.665 amostras, das quais, 108 foram positivas, o que corresponde a uma taxa de positividade de 4 %.
As províncias que mais testaram foram: cidade de Maputo, Maputo e Sofala, sem registo de óbitos.
“Portanto, neste momento não há motivos para preocupação em relação à Covid-19, salvo necessidade de cumprimento das medidas de prevenção.” sublinhou.
“Os dados acima descritos mostram que o actual cenário não é de preocupação, não obstante o número reduzido de testes. Por isso, temos o desafio de intensificar a vigilância epidemiológica (massificar a testagem e o rastreio de casos positivos),” concluiu.
(AIM)
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