Director nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes
Maputo, 26 Fev (AIM) – A província de Nampula notificou mais de 1.300 casos de conjuntivite hemorrágica no período compreendido entre 10 a 24 de Fevereiro corrente anunciou hoje, em Maputo, o director nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes
Apontou os distritos de Nacala Porto, Angoche e Cidade de Nampula como sendo os mais afectados pelo surto.
A faixa etária mais afectada é dos indivíduos com idade superior a 15 anos com 788 casos representando 59.4% seguida da do grupo dos 5-14 anos com 370 casos, representando 27.9%.
A maioria dos casos foram registados no sexo masculino com 685 casos, correspondendo a 51.7%.
Felizmente e como é de esperar, não houve qualquer óbito ou internamento, o que reforça a mensagem de que maior parte dos casos irá evoluir para a cura sem qualquer sequela.
Nas últimas 24 horas, a província de Nampula registou 81 casos, dos quais, 53 (65.4%) são provenientes da Cidade de Nampula, 08 (9,9%) do distrito de Angoche e 20 (24.7%) de Nacala Porto.
Fernandes aproveitou a oportunidade para explicar que a conjuntivite hemorrágica é uma doença altamente contagiosa caracterizada por hemorragia subconjuntival, inchaço repentino das pálpebras congestão, vermelhidão e dor no olho.
Em geral, é causada por um vírus, e neste surto, já foi isolado pelo menos um vírus da família dos Adenovírus (12/45 = 26.7%).
“Transmite-se através do contacto com pessoas contaminadas; contacto com utensílios contaminados de uso pessoal, doméstico ou do local de trabalho, e uso de água contaminada para lavagem dos olhos”, advertiu.
É uma doença autolimitada e o tratamento é sintomático e visa aliviar os sintomas e o desconforto.
As medidas de prevenção incluem lavar as mãos várias vezes ao dia com água limpa e sabão, evitar partilhar objectos de uso pessoal como toalhas, roupa de cama ou cosméticos.
As medidas de prevenção também incluem evitar contacto com outras pessoas com a doença e ficar em casa em isolamento durante o decurso dos sintomas.
Nas restantes províncias do país podem registar-se casos esporádicos que normalmente entram pelos serviços de oftalmologia. Porém, o mais importante é que não se registam surtos.
Também podem registar-se aumento de casos de conjuntivite bacteriana, que é expectável nesta altura do ano, como em Cabo Delgado. O mais importante é que as medidas de prevenção são as mesmas.
(AIM)
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