Maputo, 26 Fev (AIM) – O Fórum Bienal de Energia Fora da Rede encontra-se reunido desde hoje (26), em Maputo, para, durante dois dias, discutir formas de abranger 19 milhões de pessoas, o equivalente a 48% da população até o ano de 2030.
Trata-se do primeiro Fórum bienal do grupo de trabalho fora da Rede, uma iniciativa do governo em parceria com AMER.
É um organismo que integra a Associação Moçambicana de Energia Renováveis (AMER), Unidade Integrada de Planificação e Cooperação para Electrificação (UIPCE), Bancos Comerciais, Fundo de Energia (FUNAE), parceiros de desenvolvimento e outros actores de electrificação.
Segundo o Presidente da AMER, Ricardo Pereira, a sua entidade não trabalha na electrificação, apenas permite e facilita a conversa entre governo e parceiros.
“Nós como Associação Moçambicana de Energia Renováveis, viemos como um parceiro para servir de elo de ligação do trabalho que o governo está fazer, com o sector privado e parceiros multilaterais que são vários”.
Segundo Pereira, existe uma equipe de coordenação, da qual a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) é a entidade com acesso a rede nacional e o FUNAE, electrificação fora da rede.
“Neste momento, estamos com uma taxa de electrificação de 51% da população, o governo de Moçambique e todos nós que trabalhamos neste sector, temos uma meta de acesso universal até 2030, quer dizer que estamos a falar de 48% da população moçambicana que deve ter acesso a energia nos próximos sete anos”.
Em Agosto próximo, a AMER tenciona realizar o segundo Fórum Bienal de Energia Renováveis.
“A medida que a rede vai avançando é possível electrificar quem está próximo, mas quem está nas zonas recônditas continua sendo uma maior parte da nossa população de facto são as soluções descentralizadas ou fora da rede”.
Durante o evento, os diferentes actores irão discutir e apresentar projectos em curso que versam sobre diversas tecnologias fora da rede, incluindo mini-redes, sistemas domésticos de energia solar e soluções de cozinha melhoradas.
Além disso, serão abordadas questões críticas, como barreiras de mercado, desafios políticos, inclusão de género e incentivos fiscais para promover o acesso equitativo à energia.
Refira-se que as províncias de Niassa, Nampula e Cabo Delgado, continuam sendo regiões com baixa taxa de electrificação
(AIM)
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