Maputo, 04 Mar (AIM) – O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, recebeu hoje (04) em audiência o Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) com quem discutiu as melhores soluções para as dezenas de milhares deslocados das cheias, bem como a insegurança na província de Cabo Delgado, norte do país.
A informação foi avançada hoje, em Maputo, pelo Alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados, Filippo Grandi, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República.
Sobre o encontro, Grandi disse que incidiu sobre a situação de milhares de moçambicanos deslocados.
“Acabamos de ter uma reunião excelente com o chefe do Estado, Filipe Nyusi, na qual acordamos quanto aos passos subsequentes e a forma como as Nações Unidas podem melhor ajudar ao governo, as autoridades locais a responderem a esta situação mediante a prestação de assistência humanitária a curto prazo”, disse Grandi.
A assistência segundo Grandi, “inclui também documentação, apoio jurídico às pessoas deslocadas mas, mais importante ainda é como ajudar o governo a encontrar soluções para as pessoas deslocadas, quer ajudando a elas a regressarem as suas casas ou a transferi-las para outros lugares ou manterem-se como estão”.
Já o conselheiro especial do secretário-geral da ONU sobre soluções para deslocados internos, Robert Piper referiu que, em relação as soluções para as pessoas internamente deslocadas, Moçambique é um país prioritário para esta organização mundial, pois é um país com muitas necessidades, mas também oportunidades.
“Centenas de milhares de moçambicanos regressaram as suas casas nos últimos meses, essas pessoas regressaram para retomar as suas vidas, retomarem os seus meios de subsistência, voltarem a escola e as unidades sanitária, não só no norte”, disse Piper.
A região centro, disse Piper, também tem muitos deslocados como resultado de ciclones.
Referiu que centenas de milhares de pessoas já regressam as suas casas e por isso, “a nossa prioridade é apoia-los e apoiar ao governo para garantir que isso seja bem-sucedido”.
Anunciou que o ACNUR está a organizar em todo o mundo uma coligação de investidores e apoiantes destes processos na Colômbia, Iraque, Líbia, Nigéria e Moçambique é um dos países principais onde querem mostrar como isso se faz, mais uma vez apoiado o governo na sua liderança.
“Estamos aqui para aprender, estamos aqui para apoiar, para depois sair e reforçar esse apoio a nível internacional a partir das experiências de Moçambique”, concluiu.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)