Maputo, 13 Mar (AIM) – Moçambique regista uma média de 500 casos de cólera por semana, facto que as autoridades sanitárias consideram estável tendo em conta que o país ainda está no meio da época chuvosa.
Falando para jornalistas, hoje, minutos após a abertura do Simpósio sobre Saúde Global, o director-geral do Instituto Nacional de Saúde, Eduardo Samo Gudo, advertiu que a época chuvosa ainda não terminou e, por isso, existe sempre um risco de uma subida de casos.
“Se tivermos o alastramento das chuvas com enchentes, agravar-se-iam também o saneamento e a disponibilidade de água e a aglomeração de pessoas nos centros de acomodação. Não tenho dúvida nenhuma que podemos ter um cenário ainda mais preocupante”, advertiu Samo Gudo.
“Não podemos relaxar”, acrescentou a fonte.
Dados do Ministério de Saúde apontam para o registo de 48 novos casos de cólera nas últimas 24 horas, o que cumulativamente são 13.641 casos desde a eclosão do surto em Outubro de 2023.
Actualmente, as unidades sanitárias têm 71 internados, o que o cumulativo sobe para 10.358 internados.
A cólera já fez 30 mortes.
No entanto, Samo Gudo acredita que as autoridades sanitárias estão a fazer um “bom trabalho” na prestação de serviços aos doentes que padecem de cólera.
Segundo o director-geral, a letalidade do número de pessoas que morrem vítimas da cólera é inferior a 0,5 por cento, que considera como uma das mais baixas a nível do continente africano.
“Estamos a fazer um bom trabalho em termos de prestar serviços as pessoas com a doença, mas permanece o desafio em relação a transmissão”, disse.
(AIM)
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