Maputo, 14 Mar (AIM) – O Primeiro-Ministro moçambicano, Adriano Maleiane, diz que a prevenção e combate ao terrorismo exige união de todos, tendo em conta que se está perante um inimigo comum.
Discursando esta quinta-feira (14), em Maputo, no encerramento da sessão das informações do governo solicitadas pelas três bancadas parlamentares, Maleiane disse que o terrorismo é um inimigo comum “cujas acções hediondas devem ser repudiadas por todos os moçambicanos e internacionalmente.”
“A prevenção e combate ao terrorismo requer que estejamos todos nós unidos e coesos, tendo em conta que estamos perante um inimigo comum”, frisou.
O Primeiro-Ministro, que considerou de frutuosa a interacção entre o governo e deputados, durante os dois dias da sessão, afirmou que em prol da defesa da população moçambicana e da integridade territorial, que “representam um bem comum e supremo, somos chamados a elevar a nossa consciência patriótica, agudizar a vigilância e a colaboração com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) para a neutralização destes grupos terroristas que têm causado dor e luto, assim como destruição de infraestruturas públicas e privadas.”
Reafirmou a determinação do executivo em continuar a reforçar as capacidades operativas das FDS, assim como aprofundar a cooperação bilateral e multilateral com vista a fazer face ao terrorismo que é complexo e global, exigindo união de esforços entre os países da região, do continente e do mundo.
Segundo Maleiane, com o restabelecimento da situação de segurança, após as últimas incursões dos terroristas, parte da população que tinha procurado refúgio em outros distritos está paulatinamente a regressar às suas zonas de origem.
Disse que a prioridade do governo tem sido a de providenciar assistência humanitária às vítimas das acções terroristas e o mesmo tem sido feito em relação aos afectados pelos eventos climatéricos extremos.
Renovou o apelo do executivo para que “cada um de nós continue a integrar vivamente o movimento de solidariedade interna em apoio aos nossos compatriotas de Cabo Delgado de modo a minorar o seu sofrimento, assim como contribuir para a rápida normalização da vida sócio-ecónomica nos distritos afectados pelas acções terroristas e nas zonas que foram fustigadas pelos desastres naturais.”
Quanto aos raptos, Maleiane disse que, na interacção havida com os deputados, notou-se uma convergência de ideias e determinação em ver estancada a onda de raptos e sequestros que vêm ocorrendo em alguns pontos de Moçambique e que têm impacto negativo na vida da população e na actividade social e económica.
Por isso, acrescentou, o Governo reafirma a sua determinação em continuar a aprimorar medidas e acções que reforcem a capacidade interventiva e operativa da PRM (Polícia moçambicana) e do SERNIC (Serviço Nacional de Investigação Criminal) para que estas instituições prossigam a sua missão de prevenção e combate a todo o tipo de crimes.
Maleiane disse que o executivo encoraja e continuará a apoiar as instituições competentes a fim de esclarecerem, com maior celeridade, todos os actos criminosos e que os seus autores sejam levados à barra da justiça para serem julgados e exemplarmente condenados.
Em relação às estradas e pontes, referiu que tendo em conta a complexidade da execução das obras, aliada à disponibilidade de recursos, “a nossa abordagem continuará a incidir na priorização da conclusão das obras iniciadas de construção, reabilitação e manutenção, e promoção e incentivo ao estabelecimento de parcerias público-privadas.”
Para além das estradas e pontes, o executivo continuará a implementar medidas e acções que assegurem o desenvolvimento de outras infraestruturas de outras áreas de maior impacto económico e social, com destaque para energia, telecomunicações, abastecimento de água, barragens, sistemas de regadios, escolas e hospitais.
(AIM)
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