
secretária executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), Leonor Mondlane
Maputo, 22 Mar (AIM) – Moçambique apresenta uma taxa de desnutrição crónica em menores de cinco anos de idade de 37%, anunciou hoje (22), em Maputo, a secretária executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), Leonor Mondlane.
Trata-se de uma informação avançada durante a assinatura de um memorando de entendimento entre o SETSAN e o consórcio Global Alliance For Improved (GAIN), através do projecto CASCADE que visa reduzir os índices de desnutrição crónica em crianças menores de 5 anos de idade, mulheres em idade reprodutiva, melhoria da segurança alimentar e nutricional nos distritos de Nampula, Nacaroa e Eráti, na província de Nampula.
“O mais importante é que nós como país ainda estamos a 37%, o desejável era que não tivéssemos nenhuma criança com idade menor de cinco anos com desnutrição crónica. É por isso que a nossa concentração tem que ser nos primeiros mil dias”.
Com duração de quatro anos, o projecto arrancou em 2023, com o término previsto para 2026.
“Este memorando reforça a capacidade institucional do SETSAN para realizar as suas actividades de coordenação da agenda de governação de segurança alimentar e nutricional , conforme sabeis o SETSAN tem o Conselho Nacional de Segurança Alimentar Nutricional, onde presta contas, recebe orientações, mas também têm os conselhos provinciais e também tem os Conselhos do Estado de Segurança Alimentar Nutricional”.
Como desafio, e que já foi ultrapassado, apontou a institucionalização dos órgãos de governação da segurança alimentar e nutricional a nível das províncias e distritos .
Segundo Leonor Mondlane, até ao fim do ano passado já haviam sido instalados em todas províncias os conselhos de segurança alimentar e nutricional.
O director nacional da GAIN, Gaspar Guambe, explicou que a GAIN é uma fundação Suíça, lançada nas Nações Unidas no ano 2002 com a missão de combater o sofrimento humano causado pela má nutrição.
“Até 2027 o nosso objectivo é melhorar o acesso de 25 milhões de pessoas à dietas alimentares mais saudáveis através de sistemas alimentares resilientes em 10 países incluindo Moçambique”, disse.
Gaspar Guambe, informou ainda que as intervenções directas do projecto CASCADE são feitas na província de Nampula. “Porque somos uma organização que actua com base na criação de alianças buscamos parcerias relevantes para que juntos possamos trabalhar na melhoria da vida de milhões de pessoas”.
Por seu turno, o representante da Technoserve Moçambique, Marc Steen, fez saber que a sua instituição tem uma grande expectativa no projecto em melhorar a segurança alimentar e desnutrição crónica, numa iniciativa financiada pela Cooperação Suíça e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
“Através deste memorando de entendimento estamos embarcar numa jornada de cooperação e aprendizagem mútua”.
A Technoserve é uma organização sem fins lucrativos que promove soluções empresariais para a pobreza, trabalhando com empresas nos países em desenvolvimento, para criarem agronegócios, negócios e indústrias competitivos.
(AIM)
MR/sg