Maputo, 27 Mar (AIM) – Os generais da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, contestam as recentes declarações proferidas por, Thimos Maquinze, seu par, que podem incitar a intriga, tribalismo e servilismo no seio do partido.
Afirmam ainda que as declarações de Maquinze contrariam os ideais de André Matsangaisse e Afonso Dhlakama, seus antigos líderes.
“As falsas declarações do General Maquinze encarnam sentimentos de intriga, tribalismo e servilismo à agenda contrária da Renamo”, disse Arlindo Maquival, general da Renamo, hoje (27), em Maputo, em conferência de imprensa para abordar a situação interna do partido.
Na ocasião, Maquival apelou a todos os combatentes e simpatizantes da Renamo para desvalorizarem todos os pronunciamentos contrários a linha política do partido e visão do Ossufo Momade, actual presidente.
“Nós, os generais, em salvaguarda da união e dos superiores interesses da família Renamo, queremos exortar ao general Thimos Maquinze para abastecer-se de promover agitação e intriga dentro do partido”, vincou.
Frisou que os generais devem deixar de cumprir agendas que põem em causa o projecto colectivo daquela formação política, que, segundo ele, é de servir o povo moçambicano, através de uma governação segundo os ideais de André Matsangaisse e Afonso Dhlakama.
Refira-se que o general Maquinze disse que ele e os antigos combatentes sentem-se abandonados pela Renamo, pois sobrevivem de biscates em campos agrícolas de civis.
A Renamo desmente estas declarações que considera falsas e garante que, antes pelo contrário, Maquinze está a viver numa casa arrendada e paga pelo partido, na cidade da Beira.
Acrescenta que, na referida casa, tem a sua disposição pessoal de assistência, cujo encargo financeiro é suportado pela Renamo.
“Além disso, o partido comprou e entregou um terreno na cidade de Chimoio, a seu pedido. O General Thimos Maquinze, apesar de ter uma pensão a Renamo paga-lhe um subsídio mensal que não importa aqui referir”, acrescentou a fonte.
(AIM)
Snn/sg