Maputo, 27 Mar (AIM) – A Organização das Nações Unidas (ONU) está a mobilizar, junto da comunidade internacional, cerca de 150 a 200 milhões de dólares para assistência humanitária em Moçambique no presente ano.
A informação foi partilhada na manhã de hoje (27), em Maputo, pela assistente do Secretário-Geral da ONU e Coordenadora da Crise Climática do El Niño, Reena Ghelani, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedida pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.
Ghelani diz que, até a data, apenas 10 por cento da quantia foi canalizada, pelo que continuam aguardar pela resposta da comunidade internacional.
“No ano passado desembolsamos cerca de 150 a 200 milhões de dólares em apoio humanitário e, para este ano, esperamos mobilizar a mesma quantia. Até aqui a comunidade internacional concedeu apenas 10 por cento do valor necessário para a resposta humanitária em Moçambique”, disse.
Aliás, disse a fonte, a ONU já está a conceder assistência humanitária no norte do país. Explicou que a sua deslocação à Moçambique visa avaliar o impacto das cheias e seca que fustigam outras regiões, ligado principalmente ao fenómeno ao El Nino e efeito das mudanças climáticas. A sua deslocação também tem por objectivo discutir o tipo de apoio que poderá ser concedido a Moçambique.
Ghelani disse que a ministra Macamo também apresentou como preocupação sistemas de aviso prévio para que as comunidades afectadas possam ser informadas em tempo útil, para a prevenção e mitigação dos desastres naturais. Esta é uma preocupação que garante que a ONU vai estudar como poderá apoiar.
Concluiu destacando que o Moçambique tem sofrido impacto do El Nino faz décadas, que é exacerbado pelas mudanças climáticas.
Na ocasião, a Coordenadora Residente das Nações Unidas e Coordenadora Humanitária para Moçambique, Catherine Sozi, disse já foi elaborado um programa para 2024, que vai beneficiar pelo menos 1,3 milhão de moçambicanos.
“Nós temos um plano humanitário para 2024 que vai beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas sobretudo em Cabo Delgado nos sectores da saúde, nutrição, educação e outros tipos de assistência, incluindo alimentação e abrigo”, disse.
“Também temos abrangência aos que foram afectados por questões climáticas, estamos a apoiar junto do governo no sector de desenvolvimento nas infra-estruturas, reconstrução, e temos visitado o país inteiro para estes trabalhos”, apontou.
(AIM)
CC/sg