
Ministra dos Negócios Estrangeiros Verónica Macamo recebe em audiência director executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços e Projectos (UNOPS), Jorge Moreira da Silva.
Maputo, 17 Jun (AIM) – A ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, pediu hoje (17), às Nações Unidas, reforço do apoio humanitário, em resposta a persistência dos ataques terroristas na região norte e dos eventos climáticos extremos que fustigam o país.
A chefe da diplomacia moçambicana anunciou o facto minutos após o término de uma audiência que concedeu ao director executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços e Projectos (UNOPS) a Moçambique, Jorge Moreira da Silva.
Importa referir que, Silva efectuará uma visita a Cabo Delgado (19) para aferir o nível de execução dos projectos sociais que a UNOPS tem liderado naquela província há cerca de três anos, com financiamento do Banco Mundial.
Macamo enalteceu o trabalho notável realizado pela UNOPS, pelo seu carácter dinâmico e por permitir ao país atingir outros patamares através da cooperação com as Nações Unidas.
“Apreciamos a forma como nos tem apoiado para enfrentarmos os efeitos das mudanças climáticas que têm sido severos em Moçambique, particularmente as vítimas dos ataques terroristas em Cabo Delgado”, disse.
Macamo manifestou a sua satisfação com os resultados alcançados desta cooperação até ao momento, no entanto, acredita no estreitamento da mesma, pois há formas de torná-la ainda melhor.
Por seu turno, Silva considera Moçambique, “um dos países mais ameaçados por sucessivos desastres climáticos”.
“É fundamental que a comunidade internacional se mobilize para apoiar Moçambique na resiliência climática, na adaptação às alterações climáticas, mas também na descarbonização e transição energética”, ressaltou.
“Não podemos permitir que a crise em Cabo Delgado se torne numa crise esquecida”, numa altura em que o mundo depara-se com outras crises.
Destacou que o objectivo da visita é de consciencializar a comunidade internacional que há muito trabalho ainda por fazer.
Nos últimos anos, a UNOPS conseguiu desenvolver actividades na área social para apoiar as populações deslocadas e aquelas que acolhem os deslocados, nomeadamente 20 escolas, 8 centros de saúde, 7 mil formações profissionais, construção de 8 mercados, 4 incubadoras de empresas e 40 mil apoios psicológicos.
“Apesar dos belíssimos resultados alcançados, queremos manifestar o nosso interesse em continuar a apoiar Moçambique e o país deve estar na lista de prioridades da comunidade internacional”, concluiu.
(AIM)
NL/sg