Maputo, 03 Mai (AIM) – O MISA Moçambique insta aos jornalistas nacionais a estarem na linha da frente nos esforços para proteger o planeta, através da investigação e exposição, com informação factual e credível, de todo e qualquer atentado contra o ambiente.
O MISA lançou este desafio por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa que hoje se assinala.
“O MISA Moçambique, enquanto organização defensora e promotora das Liberdades de Imprensa e de Expressão e o Direito à Informação, e co-organizadora das cerimónias de celebração do 3 de Maio, em Moçambique, insta aos jornalistas moçambicanos a estarem na linha da frente nos esforços para proteger o planeta, através da investigação e exposição, com informação factual e credível, de todo e qualquer atentado contra o ambiente”, refere a organização a que AIM teve acesso.
Segundo o MISA, expor as agressões contra o ambiente e ajudar a sociedade a separar factos de mentiras e manipulações para tomar decisões informadas, incluindo sobre políticas ambientais, é uma missão do momento para jornalismo moçambicano.
Entretanto, além de destacar o papel do jornalismo diante da crise ambiental, o MISA considera o Dia 03 de Maio sempre uma oportunidade para reflectir sobre o contexto e os desafios da Liberdade de Imprensa.
“Neste sentido, o MISA lamenta que Moçambique continue a se destacar, negativamente, como um país onde o exercício da Liberdade de Imprensa é cada vez mais difícil. Um pouco por todo o país, jornalistas continuam a ser agredidos, seviciados, ameaçados, perseguidos e a verem seu material danificado ou arrancado, na maioria dos casos com envolvimento de servidores públicos”, afirma.
Alias, aponta que o ano passado, 2023, por exemplo, “foi um dos mais difíceis para o exercício da Liberdade de Imprensa, em Moçambique, com várias violações contra jornalistas, parte significativa delas associadas à tensão eleitoral e cometida não apenas por partidos políticos concorrentes, mas também por agentes de defesa e segurança.”
“Só para elucidar, em 2023, as violações contra a Liberdade de Imprensa mais do que duplicaram, em Moçambique, situando-se em 28 casos, contra 11 de 2022”, indica.
Por isso, nesta data dedicada a celebrar a Liberdade de Imprensa, o MISA Moçambique reitera a sua exortação a todos os actores da sociedade, desde entidades governamentais, das forças de defesa e segurança, até a entidades privadas, a reconhecerem e respeitarem este direito fundamental para a democracia.
Destaca que a Liberdade de imprensa é, pois, “um pilar e um dos alicerces fundamentais para a democracia, pelo que merece ser defendida por todos e por todas.”
Entende que é através da Liberdade de Imprensa que todos os cidadãos têm acesso à informação credível sobre o que acontece à sua volta.
“É através da Liberdade de Imprensa que os cidadãos podem participar na governação do seu país, através da expressão da sua opinião em meios de massa. Por isso, ao se agredir ou negar informação a jornalistas, não se está apenas a atingir os profissionais de comunicação social. Está-se, isso sim, a negar-se informação a todos os cidadãos e, em última instância, a agredir-se a própria democracia”, argumenta o MISA.
Este ano, a data celebra-se sob o lema “Uma Imprensa para o Planeta: jornalismo diante da crise ambiental”.
(AIM)
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