
Maputo, 09 Maio (AIM) – As forças de Angola e Namíbia, que integram a Missão Militar da SADC para Moçambique (SAMIM), são as mais recentes a retirarem-se da província nortenha de Cabo Delgado, um acto que marca o fim do seu mandato no país em Julho próximo.
A presença da SAMIM em Moçambique tem por objectivo apoiar as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique no combate ao terrorismo que afecta a província de Cabo Delgado desde Outubro de 2017.
Desde a sua eclosão os ataques terroristas já fizeram mais de quatro mil mortos e perto de um milhão de deslocados.
De acordo com a plataforma sul-africana de assuntos militares “DefenceWeb”, a cerimónia de despedida dos contingentes de Angola e Namíbia teve lugar no aeroporto de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, tendo os soldados sido homenageados com medalhas, aplausos e agradecimentos.
Segundo o Comandante da SAMIM, o Major General sul-africano Patrick Dube, o trabalho que estes soldados levaram a cabo “permanecerá sempre na memória dos moçambicanos.”
A direcção da SAMIM, disse o Major, agradeceu-lhes pelo empenho, dedicação, coragem e competências durante o seu destacamento em apoio às forças moçambicanas, registando a sua orgulhosa contribuição para a paz e segurança regionais.
Botswana foi o primeiro país a sair da SAMIM, seguido do Lesoto e de parte do contingente sul-africano, embora o Presidente Cyril Ramaphosa tenha prolongado a presença das suas forças até ao final do corrente ano.
“No entanto, a República Democrática do Congo (RDC), o Malawi, a Tanzânia e a Zâmbia permanecem com as suas tropas no terreno, em Cabo Delgado. A presença de soldados e equipamento namibianos não foi previamente mencionada em declarações da SADC ou em publicações da SAMIM”, escreve a ‘DefenceWeb’.
As operações da SAMIM começaram em Agosto de 2021, nos distritos de Macomia, Muidumbe e Nangade, em Cabo Delgado
(AIM)
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