
Encontro MDM/INCM. Tuaha Mote PCA do INCM, troca ideias com Lutero Simango Presidente do MDM, momentos antes do encontro de hoje em Maputo. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 21 Mai (AIM) – O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição em Moçambique, considera as novas tarifas de telefonia móvel e internet “insuportáveis” e, por isso, defende a redução das mesmas para tornar a informação acessível a todo o povo moçambicano.
Falando à imprensa, esta terça-feira (21), no término de um encontro mantido com o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), o Presidente do MDM, Lutero Simango, disse “os moçambicanos não estão a suportar estes custos devido à fraca capacidade económica das nossas populações”, .
Esta foi a reacção de Simango face aos custos das tarifas aplicadas pelas operadoras de telefonia móvel, em vigor a partir de 4 de Maio corrente.
Simango reiterou a necessidade de se encontrar, com urgência, um ponto de equilíbrio e baixar os custos, “para dar ao nosso povo, a capacidade de acesso à informação, um direito universal, em particular aos jovens estudantes e à população em geral”.
Segundo Simango, “é com a comunicação que nós melhoramos a nossa economia e conseguimos fazer chegar as nossas mensagens a outras pessoas”.
“A concorrência deste mercado, em algum momento está a sofrer algumas influências políticas. Como é sabido, na Movitel há um accionista denominado SPI (Gestao e Investimento), pertencente a um partido político”, apontou.
Num outro desenvolvimento, Simango manifestou a sua preocupação com o alegado envolvimento de alguns cidadãos moçambicanos na tentativa de um golpe de estado na República Democrática de Congo ocorrida no último fim de semana.
“Na tentativa de golpe de estado, participaram dois americanos residentes em Moçambique, ligados a Alberto Joaquim Chipande”, revelou.
Por isso, desafiou o Conselho de Segurança que assiste a Moçambique na matéria militar, a convocar Chipande a prestar declarações, “para que possamos sair limpos neste assunto”.
Referiu ainda que, a sua preocupação é legítima porque Moçambique e a República Democrática de Congo são membros da (SADC), comprometidos a combater o terrorrismo.
Por isso, “Chipande, tem a obrigação de explicar aos moçambicanos o que sabe disso e, também, se conhece aqueles elementos”.
Após o encontro, Simango visitou as empresas de telefonia móvel Movitel, Tmcel e Vodacom.
(AIM)
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