
Maputo, 23 Mai (AIM) – A ministra da Administração Estatal e Função Pública, Ana Comoane, afirma que o país tem bons exemplos construção do diálogo e consolidação paz que urge capitalizar.
Comoane expressou a sua convicção esta quinta’feira, em Maputo, no quadro das celebrações do Dia de África, que se assinala em todo o continente no próximo sábado, bem como da Conferência Científica sobre a Construção do Estado em África.
Comoane revelou que os acordos de paz geraram outros que culminaram com o DDR.
Recordou durante a conferência que o antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, foi quem presidiu às negociações de Acordo de Paz em 1992.
“Temos o patrono da universidade, devemos aproveitar no máximo as experiências que ele tem”.
Segundo Ana Comoane, nos últimos tempos, os elementos da construção de um Estado, a população, o território tem sido colocado a prova com o crescente movimento migratório para Europa cujo impacto é negativo devido aos eventos extremos.
O reitor da Universidade Joaquim Alberto Chissano (UJAC), Jamisse Taimo, informou que a Conferência Científica sobre a Construção do Estado em África, constitui a primeira actividade científica realizada por aquela instituição de ensino.
A conferência que decorre em Maputo, visa entre vários objectivos apresentar e discutir os resultados da pesquisa científica sobre a construção do Estado em África, promoção da colaboração entre investigadores nacionais e estrangeiros, diálogo da sociedade civil e decisores entre outros.
Por seu turno, o patrono da UJAC, Joaquim Chissano, explicou que a mediação de conflitos entre outros teve êxito dado a contribuição do povo, participantes da luta de libertação nacional entre outros.
“A construção do Estado em África, passado, presente e o futuro, trata-se de um tema muito relevante e oportuno, não só no quadro das celebrações do dia de África, mas também pela necessidade de pensar ou repensar o nosso presente e futuro como continente”, disse Chissano.
Disse ainda que África viu a ascensão e queda de inúmeras estruturas políticas e sociais ao longo dos séculos.
Sublinhou ainda que as potências europeias dividiram o continente africano em territórios arbitrários sem levar em consideração as fronteiras étnicas, culturais ou históricas existentes, deixando profundas cicatrizes, conflitos e fragmentação das comunidades.
(AIM)
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